Crítica | HARD



★★★

HARD compensa o acerto do SM 3.0 em My World, do aespa — mas é uma compensação nem tão positiva assim.

Desde que o SM 3.0 foi testado na SM, muitos grupos foram condicionados a mudar. E a estrutura da SMCU, SM Culture Universe, está cada vez mais bagunçada. Em primeiro lugar, deve-se destacar que todas essas questões dizem respeito à empresa, seus artistas, como qualquer subordinado, basta apenas seguir tais ordens.

E, infelizmente, não podemos deixar de mencionar que essas ordens colocam em risco o legado de muitos atos. Há coisas boas, de fato, note como a mudança foi positiva para o aespa, pela necessidade do grupo em sair do futurismo quadrado de Lee Sooman, que eu gosto, mas que limitava demais o trabalho delas.

SHINee, por outro lado, não precisava de uma mudança tão repentina. Eles são capazes de experimentar o hip-hop dance e qualquer outro gênero, são verdadeiros pioneiros, mas isso afeta muito a dinâmica precisa do grupo em sair pelas beiradas. Nos últimos anos, a abordagem deles tem sido a mais assertiva da SM. Veja como Atlantis, junto com os discos solo, rendeu uma chuva de esperança.

Agora, no entanto, o som deles não parece se encaixar no que o grupo faz, e não há problema em dizer que soa como algo do NCT 127, porque sabemos que provavelmente deveria ser. É uma decepção, mas estou muito confiante de que um repackage salvaria essa nova era deles.

Selo: SM
Formato: LP
Gênero: Música do Leste e Sudeste Asiático / K-Pop
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. No Aquele Tuim, faço parte das curadorias de Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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