Crítica | PARANOÏA, ANGELS, TRUE LOVE


★★★★☆
4/5

A nova obra da banda é inspirada na peça de teatro Angels in America, de Tony Kushner, e divide o disco em três atos, proporcionando uma experiência teatral. Além disso, os temas abordados também são influenciados por eventos recentes na vida do vocalista francês. O álbum chama a atenção por contar com participações de Madonna e 070 Shake.

O trabalho de Christine não é simples; o artista deposita sua vulnerabilidade em um trabalho único e complexo, afastando-o de uma sonoridade comercial. A tensão e a sensibilidade do luto da mãe de Chris são marcadas pelo primeiro ato, intitulado "PARANOÏA", e culminam com a incrível canção de 11 minutos chamada "Track 10", que redefine a trajetória dessa experiência musical.

O ato "ANGELS" é, principalmente, marcado pela emocionante faixa "I Met An Angel", na qual se fala sobre um anjo protetor que explora emoções densas de solidão. Finalmente, chegamos ao ato "TRUE LOVE", que encerra o disco com batidas mais pop, mas ainda assim carregando a mesma intensidade dos dois primeiros atos.

Se você decidir ouvir PARANOÏA, ANGELS, TRUE LOVE, esteja ciente de que não se trata de um álbum para qualquer momento e pode ser difícil se conectar instantaneamente com esse conceito tão complexo, especialmente considerando suas 20 faixas e quase duas horas de duração, o que pode se tornar um pouco cansativo.

Selo: Because
Formato: LP
Gênero: Pop / Art Pop
Vit

Sou a Vit, apaixonada pelo universo musical desde que me entendo por gente, especialmente por vocais femininos. Editora sênior e repórter no Aquele Tuim, onde faço parte das curadorias de Música Latina/Hispanófona e Pop.

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