Crítica | Love Hallucination



★★★★☆
4/5

O novo álbum da produtora e compositora canadense Jessy Lanza, Love Hallucination, é repleto de canções que instigam o prazer e a emoção sensual que, com um ritmo dançante, acaba fomentando a ideia da artista que se liberta em direção aos seus próprios desejos.

Love Hallucination não esconde sua intenção de aprovar o prazer como fonte de inspiração. Mas aqui, é o duplo sentido do termo. Primeiramente, a artista exclama o contexto da obra, produzida em seu novo endereço em Los Angeles, local que aumentou sua confiança em explorar seu próprio espaço. Definição de satisfação pessoal e profissional.

Em seguida vem ele: o prazer carnal. Aquele que nos faz cometer loucuras, subir pelas paredes e dançar a noite toda como se fosse um instinto de acasalamento animal. Love Hallucination é quase isso — seus arranjos eletrônicos são capazes de tecer um club atmosférico dilacerador. Como na sequência "Don't Leave Me Now", "Midnight Ontario" e "Limbo".

No ápice da obra, “Marathon”, a sensualidade club permanece, desta vez acompanhada por uma linha de sax que percorre os melhores vocais e os melhores refrões do álbum. Love Hallucination se expande, de forma elástica, através de uma alucinação úmida e prazerosa. É liberdade.

Selo: Hyperdub
Formato: LP
Gênero: Eletrônica / Clube, R&B Alternativo
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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