Crítica | Quelque chose s'est dissipé



★★★★☆
4/5

Álbum de estreia da compositora radicada em Paris, na França, é um dos melhores exemplos de expressão musical em 2023. Postado na interpolação de sons que permeiam a música eletrônica experimental, Quelque escolheu s'est dissipé não se limita na hora de buscar as expressões de sua criação.

Construído através de sintetizadores e fragmentos de palavras faladas, Quelque escolheu s'est dissipé tem produção documentada, ou seja, discute os desejos de Carmes, soando como uma expansão de seu pensamento. Não é à toa que ela descreve a produção do álbum como um processo de cura.

Em destaque, nesta cura insaciável de quem o fez e de quem o consome, estão as canções “Tout est déjà là’’ e ‘‘La fin du film’’. E, por mais espesso que pareça nas margens, Quelque escolheu s'est dissipé é incrivelmente solar.

Selo: Métron
Formato: LP
Gênero: Ambiente / Experimental
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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