Crítica | Cumulonimbus



★★★☆☆
3/5

Registrado a partir de um gravador portátil e depois modificado em estúdio, o mais recente álbum do artista carioca Eduardo Manso, Cumulonimbus, acerta ao se fragmentar e ceder espaço para os sentimentos do ouvinte.

Entre momentos orquestrados por melodias quase compassivas e sons que permeiam a tormenta, como na perturbadora “Tabernanthe Iboga”, faixa que reorganiza os sentidos do artista por mais de 14 minutos, Manso abre seu baú de referências e nos concede o hábito da admiração.

Em todo o seu escopo de referências, o que mais chama a atenção é a aproximação do trabalho com a música ritualística, inclinando-se para os sentimentos e a observação do vácuo estabelecido pelas guitarras e os experimentos de canto, como os vocais de Ava Rocha que surpreendem pela excelente aplicação no registro.

Selo: QTV
Formato: LP
Gênero: Experimental / Improvisação
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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