Os Álbuns Essenciais de Red Velvet



Esses álbuns definitivamente capturam a essência de Red Velvet.

No dia 1º de agosto, Red Velvet completou nove anos em atividade. Formado por Irene, Seulgi, Wendy, Joy e Yeri, o quinteto estabeleceu uma posição sólida entre os grupos essenciais da terceira geração do k-pop e detêm uma longevidade que é almejada por qualquer grupo. Há diversos motivos que mantêm esse apelo latente, e a discografia é uma verdadeira força motriz.

É um grupo reconhecido por ter uma discografia de ponta, tanto pelo público quanto pela crítica especializada espalhada pelo globo. A solidez dos projetos, aliada às habilidades vocais das integrantes, produção criativa e verdadeiramente experimental, harmonias e, principalmente, seus conceitos próprios, tornam essa uma das principais características e apelos quando se trata de Red Velvet.

Mais que uma seleção de favoritos, esses nove álbuns desenham as várias facetas que a musicalidade e o catálogo do grupo propõem. Confira:




9. 
Ice Cream Cake 
2015

Em formação de quinteto, é honesto dizer que, em Ice Cream Cake, Red Velvet finalmente começou de verdade. “Happiness” e “Be Natural”, lançadas no ano anterior, haviam estabelecido a ideia geral e o contraste dos conceitos red e velvet, mas tudo soava rudimentar e óbvio demais. O primeiro mini album do grupo é eficiente em começar a pincelar nuances e desenhar características que irão conviver juntas nos trabalhos subsequentes: baladas sentimentais, duplo sentido, harmonias vocais e, principalmente, a loucura. Destaque: “Automatic”.





8.
‘The ReVe Festival 2022 - Birthday’ 
2022

Birthday passa longe da unanimidade na opinião pública e foi lançado rodeado de contratempos. Mas isso não importa, pois o trabalho leva o tema a sério e o exprime em diversos aspectos: do photoshoot “ODD RECIPE”, passando pelos álbuns físicos especiais em formato de bolo e chegando no recheio — as composições líricas que atravessam diferentes sentimentos sobre fazer aniversário. Aqui, o amadurecimento musical de Red Velvet emerge em sua concretude, e é uma verdadeira aula de como flexionar seus conceitos. Destaque: “On a Ride”.





7.
Monster 
2020

IRENE & SEULGI é a primeira e, até então, única subunit do Red Velvet. Apurando os talentos e atribuições das duas integrantes, Monster é um exemplo perfeito do melhor que a junção de horror com lesbian chic pode oferecer. Reunindo peças musicais sofisticadas e brilhantes, o projeto possibilitou uma abordagem do conceito velvet que só poderia florescer aqui. Também tivemos a graça de ver as duas se aventurarem no tutting de maneira impecável — e Seulgi tomou a expressão para si, já que agora faz parte de sua identidade enquanto dançarina e performer. E é verdade: precisamos do retorno delas num futuro próximo. Destaque: “Naughty”*.





6.
‘The ReVe Festival’ Day 1 
2019

Pilar de cinco projetos e cenário fundamental do quadrinho “The Story of ReVe”, os festivais compõem a estrutura conceitual mais duradoura do grupo. Antes mesmo de possibilitar desdobramentos fora das paisagens áridas de Kwangya, a trilogia de 2019 já iniciava a nova fase de Red Velvet — e Day 1 se destaca. Ensolarado e borbulhante, ele é a definição perfeita de um dia eletrizante e memorável em um parque de diversões. É verdade que ninguém estava preparado para a estranheza vibrante de “Zimzalabim”, mas surpresas implacáveis já são de praxe. Destaque: “LP”.





5.
Rookie 
2017

Definitivamente, 2017 continua como o ano de ouro de Red Velvet. Com uma sequência implacável de title tracks marcantes e álbuns de ponta, elas se consolidaram no imaginário do público e lapidaram suas melhores características. Rookie é o excelente ponto de partida, que propõe o maximalismo estético sem freios do aspecto quirky, que já era explorado desde o princípio. O clipe de “Rookie”, por exemplo, apresenta cenários ultra coloridos, sequências inebriantes e um monstro à flor da pele (e, claro, repleto de flores). Porém, o álbum também nos oferece um panorama do melhor que o R&B e o midtempo podem oferecer ao k-pop. Quando se trata delas, nada é 100% linear ou convencional — e é isso que empolga. Destaque: “Talk To Me”.





4.
The Red Summer 
2017

O verão já é uma constante dentro do k-pop, e é bastante improvável que algum grupo nunca passe por ele. Para Red Velvet, a estação se tornou um elemento essencial do seu universo — e isso começa em The Red Summer. Com frutas refrescantes e alegria arrebatadora, o montante de cinco faixas é, provavelmente, o projeto mais redondo do grupo. Recheado de hinos cativantes e com o seu maior sucesso em solo coreano incluso, o mini também abusa de algumas tendências musicais da época a seu favor (como o tropical house). Destaque: “Zoo”.





3.
The Red 
2015

No primeiro full album de Red Velvet, a literalidade é indispensável. Lançado no meio de uma safra poderosa de álbuns da SM Entertainment (como 4 Walls, do f(x), e Odd, do SHINee), The Red consegue se projetar como um dos trabalhos mais icônicos desse miolo. Em vermelho vivo e extravagante, o conceito red finalmente recebe a atenção devida e se potencializa por meio de refrões viciantes, melodias cintilantes e muito exagero — no melhor dos sentidos. É aqui, também, que o grupo começa a prospectar como experimental com mais solidez, construindo suas próprias abordagens e identidade. Destaque: “Dumb Dumb”.





2.
‘The ReVe Festival 2022 - Feel My Rhythm’ 
2022

O melhor registro compacto de Red Velvet se aventura em uma gema ignorada pelo atual momento da música sul-coreana: a sofisticação. A sequência de seis faixas transborda esmero e delicadeza, construindo atmosferas primaveris e aromas suaves. Mas, obviamente, se trata de um ambiente não-comum, então o projeto concatena o elegante e o bizarro, que se reflete na mistura de texturas musicais dissonantes e nos sentimentos agridoces que estão sempre presentes. É um aperfeiçoamento charmoso da união dos dois conceitos-chave do grupo, transformando o projeto numa peça indispensável caso queira entender o quinteto em sua completude. Destaque: “Feel My Rhythm”.





1.
Perfect Velvet 
2017

Em uma casa situada numa vizinhança suburbana, um culto de mulheres assassinas de entregadores de pizza vivem disfarçadas. Existe uma onda de desaparecimentos de entregadores, onde cartazes e avisos estão espalhados pelo bairro à procura deles. O que ninguém sabe é que o perigo está logo ali, no rosto angelical dessas mulheres — e cada vez que a campainha toca, um novo assassinato é consumado.

Essa é a narrativa presente no clipe de “Peek-a-Boo”, que está permeada na intrigante experiência de Perfect Velvet. Nesse álbum, Red Velvet atinge o ápice delirante da sua carreira em melhor forma: com um conceito brilhante, visuais dúbios e músicas primorosas. Homenageando o terror dos anos 90, o lado velvet finalmente ganha a versatilidade e profundidade que merece, explorando para além das baladas e do R&B já característico. É hora de outros elementos se tornarem parte desse aspecto também, como os sintetizadores distorcidos e as produções mais brincalhonas de “My Second Date” e “Attaboy”, que até pegam o tempero silly e quirky do lado red. É, de fato, a consagração máxima de suas melhores características. Destaque: “I Just”.



*Naughty está disponível apenas nas versões físicas do álbum Monster. Nas plataformas digitais fora da Coreia do Sul, ela se apresenta como um single independente.

Essa lista faz parte do <Red Velvet Week>, um conjunto de três publicações desenvolvidas para a Aquele Tuim, que tem o intuito de comemorar os nove anos de aniversário do Red Velvet.



Ouça a playlist:

Felipe

Graduando em Sistemas e Mídias Digitais, com enfoque em Audiovisual, e Estagiário de Imagem na Pinacoteca do Ceará. É editor adjunto do Aquele Tuim, integrando a curadoria de Música do Continente Africano.

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