Uma lista com Ana Frango Elétrico, Luiza Lian, DJ K, dadá Joãozinho, DJ RaMeMes e mais!
Nesta publicação, os redatores do Aquele Tuim foram responsáveis por listar os 10 melhores discos brasileiros lançados em 2023. Aqui, você encontra uma variedade de obras que abrangem diferentes espaços e conceitos musicais que chamaram a atenção ao longo do ano.
10.
Vício Inerente
Marina Sena
Após o incrível álbum de estreia, De Primeira, Marina Sena arriscou-se em um projeto mais pop com toques eletrônicos, tornando seu som mais moderno e distante do seu trabalho anterior. A coragem de Marina em explorar um som difuso e interessante ao mesmo tempo em Vício Inerente, fazendo isso tão cedo, é admirável, e mais impressionante ainda é o sucesso que obteve com essa transição. — Vit
9.
7 Estrelas | quem arrancou o céu?
Luiza Lian
Em 7 Estrelas | Quem Arrancou o Céu? Luiza Lian mergulha nas profundezas dos conflitos pessoais, dores e angústias. O álbum é um catálogo de emoções, revelando as camadas mais íntimas da experiência da artista. Cada faixa é uma jornada emocional que, ao explorar as sombras da alma, eventualmente conduz ao livramento desses sentimentos. Luiza Lian desvenda os céus rasgados por questionamentos e confrontos internos, transformando o sofrimento em uma trilha para a emancipação. — Brinatti
8.
PANICO NO SUBMUNDO
DJ K
Não só pela recepção exterior, mas por mostrar que é possível ser resistência estética e alcançar essa recepção lá fora. É um amor incondicional, um álbum totalmente fetichista, em todos os sentidos, mesmo as tags de produtor tem muita personalidade. — Tiago Araujo
7.
Wi-Fi da Floresta
Cronixta
Wi-Fi da Floresta, de Cronixta, pretende revelar ao mundo como a união de fatores regionais ou suprarregionais — ou seja, a regionalização musical dentro ou fora do Brasil — consegue estabelecer novos vínculos culturais com uma nova exploração da música brasileira. Para isso, o artista utiliza referências musicais postadas em países caribenhos que, ao tocarem em solo brasileiro, se condensam aos múltiplos afetos musicais de Belém, do Pará, terra que não só emprega o regionalismo da obra, mas também condiciona grande parte do sentido buscado pelo artista em sua pesquisa de campo que inclui elementos latinos, amazônicos e nortistas. — Matheus José
6.
No Tempo da Intolerância
Elza Soares
Um álbum muito vivo, por mais que seja póstumo. Neste trabalho, Elza perpetua seu legado como uma das artistas mais importantes do país, destacando-se especialmente por suas letras impactantes e engajadas politicamente. Essencial. — Vit
5.
ESPANTA GRINGO
d.silvestre
A junção do funk com o power-noise em ESPANTA GRINGO posiciona d.silvestre em um patamar único dentro do experimentalismo nacional. Essa obra representa de forma definitiva o mandelão-hardcore que já se tornou marca registrada do produtor paulista. — Marcelo Henrique
4.
Sem Limites
DJ RaMeMes (O DESTRUIDOR DO FUNK)
2023 foi um ano que fincou, na cara de todos, a bandeira do funk como ato nacional mais experimental da atualidade — mesmo que seja uma realidade desde os anos 2000 — e Sem Limites é o melhor álbum que explora isso. As oito faixas são de energia total, sem espaço para descanso, sendo que cada uma delas rumina sobre áudios clássicos da cultura funk e experimenta com elementos da música EDM, sempre com as baterias afiadíssimas e o trabalho percussivo perfeito. Pode não ser um registro tão insano quanto ESPANTA GRINGO, de d.silvestre, mas ele não se propõe a isso, e sucede tão bem quanto nessa proposta. — Sophi
3.
MIMOSA
cabezadenego, Mbé & Leyblack
MIMOSA é um ensaio experimental impressionante sobre a música afro-brasileira. Provocativo, livre e cheio de vigor criativo, são colagens que reúnem e recriam o melhor do samba, das rimas faladas e, principalmente, do funk. — Felipe
2.
tds bem Global
dadá Joãozinho
Estreia de dadá Joãozinho, tds bem global brinca com algumas ideias e estilos musicais interessantes, principalmente do pop brasileiro, como a Tropicália. Para isso, o artista usa de uma criação inconfundível quanto ao seu lirismo poético — que recupera os anseios estéticos da pós-MPB — e de sua sonoridade vanguardista que flerta com o jazz, a eletrônica, o reggae e o pop. Mas engana-se quem pensa que o material entregue pelo artista é uma bagunça. Embora utilize inúmeros elementos heterogêneos, dadá ainda encontra uma forma de expor sua coesão musical por meio de uma ambiciosa construção narrativa. É um dos grandes destaques brasileiros da recém inaugurada década de 2020. — Matheus José
1.
Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua
Ana Frango Elétrico
Me Chama de Gato Que Eu Sou Sua se aprofunda em uma viagem dentro do universo criativo da artista ao passo que se aproveita muito bem da música popular brasileira em sua construção de sua parte lírica e sonora. Um trabalho inovador que rompe com as estruturas tradicionalistas da música feita no Brasil. — Joe Luna
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