Os Melhores Discos de Música Eletrônica de 2023


Uma lista com Alessandra Rombolà, Sofia Kourtesis, Tygapaw, Kelela e mais!

Nesta publicação, os redatores do Aquele Tuim foram responsáveis por listar os 10 melhores discos de música eletrônica lançados em 2023. Partindo da premissa de que o gênero pode ser composto por inúmeros outros estilos além do techno, dance etc., aqui você encontra uma variedade de obras que abrangem diferentes espaços e conceitos musicais que chamaram a atenção ao longo do ano.




10.
The NID Tapes: Electronic Music from India 1969-1972
Vários Artistas

Algumas coisas chegam ao nosso ouvido por pura magia, é especialmente lindo que isso tenha chegado a nós. Experimentações maravilhosas com elementos eletrônicos, não é a experiência mais divertida que você terá, mas é com certeza uma das mais interessantes. — Tiago Araújo




9.
Out of the Playground
Alessandra Rombolà

Difícil mesmo descrever esse álbum. É o contato com a natureza e o avanço tecnológico. O conforto dos sons humanistas e o desconforto da maquinização dos mesmos. Praticamente um disco de filosofia. — Tiago Araújo




8.
Madres
Sofia Kourtesis

A sensação da música deep house colombiana aperfeiçoou seu estilo comovente num disco cerebral, dançante e introspectivo. Todas as faixas tem um quê de nostalgia melancólica, mas também têm ritmos suavemente elétricos que não economizam no minimalismo ou no maximalismo, acertando em cheio na memorabilidade das faixas. Músicas como “Si Te Portas Bonito” conseguem ainda lavar todos os males que você sente por cinco minutinhos que seja, te colocando num transe de pura beleza e conforto, e tem algo melhor que isso num álbum de deep house? — Sophia




7.
Love Has Never Been a Popular Movement.
Tygapaw

As pistas de dança são muito mais do que apenas um local de curtição para o jamaicano radicado no Brooklyn Dion McKenzie, conhecido como Tygapaw, que em seu mais recente álbum, love has never been a popular movement., explora os espaços de identificação da sua identidade trans e a maneira como o mundo o vê. É uma obra densa que percorre o techno, o club e o jungle postados no melhor da música eletrônica. — Maqtheus




6.
Picture of Bunny Rabbit
Arthur Russell

Curiosamente mal recebido, o novo álbum de Arthur Russell tentou ir tão longe, ou ainda mais longe, dentro da estética do ambient pop quanto em seus discos mais populares. Resultado maravilhoso, um dos trabalhos mais experimentais de toda sua carreira. — Tiago Araújo




5.
Sem Limites
DJ RaMeMeS (O DESTRUIDOR DO FUNK)

2023 foi um ano que fincou, na cara de todos, a bandeira do funk como ato nacional mais experimental da atualidade — mesmo que seja uma realidade desde os anos 2000 — e Sem Limites é o melhor álbum que explora isso. As oito faixas são de energia total, sem espaço para descanso, sendo que cada uma delas rumina sobre áudios clássicos da cultura funk e experimenta com elementos da música EDM, sempre com as baterias afiadíssimas e o trabalho percussivo perfeito. Pode não ser um registro tão insano quanto ESPANTA GRINGO, mas ele não se propõe a isso, e sucede tão bem quanto nessa proposta. — Sophia




4.
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Blinded By Science

Jungle é um ritmo que não deixa ninguém ficar parado, nesse álbum é igual, mas não somente isso, é provavelmente um dos melhores discos de jungle de todos os tempos. Cada sample é genial, ao mesmo tempo que minimalista. Blinded By Science não tenta arriscar uma abordagem super diferente, mas a excelência de tudo aquilo que é essencial. — Tiago Araújo




3.
MIMOSA
cabezadenego, Mbé & Leyblack

Definitivamente um dos álbuns da música brasileira em muitíssimo tempo. Possui uma variedade do uso de samples maravilhosos, além de conter uma energia muito diferente do que geralmente está associado com a música brasileira. — Tiago Araújo




2.
Raven
Kelela

A disputa de pessoas negras em ocupar outros espaços na música além do hip hop, R&B e jazz sempre encontra o destino de serem colocados nessas mesmas caixinhas. É também o que acontece com a Kelela, mas ela não vai largar sua genialidade na música eletrônica de forma alguma, sendo Raven o ápice disso. Em sua base, é um álbum de música eletrônica puxado para o breakbeat e o downtempo, e mesmo com o instrumento vocal sendo utilizado, obviamente, na veia do R&B, todo o resto rodeando a voz da Kelela é única e puramente música eletrônica. A artista então faz questão, com sangue nos olhos, de entregar um trabalho exímio para dizer de uma vez por todas que sua arte é eletrônica, e não há dúvidas de que ela foi muito bem sucedida nisso. — Sophia




1.
DJ E
Chuquimamani-condori

Mesmo percorrendo um caminho contrário à idealização do que é a música como resultado de um processo, DJ E, de Chuquimamani-Condori (Elysia Crampton), tem suas bases estabelecidas na utilização de elementos que fazem desse processo um axioma musical. Ou seja, embora esteja distanciando-se do óbvio o tempo todo, a obra ainda emite sinais como sensações táticas de vivenciar o som. Veja, por exemplo, como “Return” e sua infinita sobreposição de sons, ruídos e gritos flamejantes, segue uma melodia que, de forma agonizante, atinge seu objetivo de comover. É surreal. — Maqtheus
Aquele Tuim

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