Crítica | Ohio Players


★★☆☆☆
2/5

Por mais que The Black Keys possua outros bons discos em seu catálogo, a banda jamais chegou ao nível de sua melhor obra: El Camino. E desta vez não foi diferente. Ohio Players não consegue despertar qualquer curiosidade para quem nunca ouviu o duo. Um blues rock que, por muitas vezes, pode ser comparado ao desinteressante último álbum de Liam Gallagher em colaboração com John Squire.

Os singles que antecederam o disco deram ao público um vislumbre do trabalho fraco que estava por vir. “Beautiful People (Stay High)”, por exemplo, é uma tentativa estupidamente falha de lançar uma faixa empolgante, com seu refrão pegajoso e excessivamente repetitivo que acaba soando mais como uma trilha sonora de uma propaganda para lojas de roupa.

“This is Nowhere” funciona muito bem como abertura e nos dá esperança – mesmo que pouca – de que algo bom aconteça durante os 43 min de álbum, mas, esse traço de expectativa é dilacerado já na faixa seguinte “Don’t Let Me Go”. A colaboração de Beck na composição das músicas é inofensiva, fora os protótipos de hip hop em “Paper Crown (Feat. Beck e Juicy J)” e “Candy and Her Friends” que quebram as expectativas dos ouvintes, de uma forma negativa, visto que não combinam e não agregam em nada na estrutura do álbum.

Em termos técnicos, Ohio Players apresenta uma mixagem confusa, muitas vezes resultando apenas em um emaranhado de acordes. Por mais que “El Camino” possua músicas ligeiramente parecidas, a produção claramente demonstrou uma direção criativa e mais clara do que aqui. O décimo segundo trabalho do duo não empolga e passa longe de demonstrar toda a capacidade de Dan Auerbach e Patrick Carney, deixando apenas a torcida para que seu sucessor seja melhor.

Selo: Nonesuch
Formato: LP
Gênero: Rock / Blues Rock
Davi Landim

Meu nome é Davi, curso jornalismo e sou viciado em escrever sobre música. No Aquele Tuim, faço parte da curadoria de Rock.

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