Em ritmo de aquecimento para o show de Madonna que acontece dia 04/05 em Copacabana, listamos os melhores videoclipes que fizeram dela a Rainha do Pop.
Na música pop, poucos artistas tiveram o mesmo impacto cultural que Madonna. Ao longo de sua carreira, a cantora reinventou sua imagem e música várias vezes, estabelecendo novos padrões com videoclipes inovadores, importantes e muitas vezes polêmicos. Em ritmo de aquecimento para o show de Madonna que acontece dia 04/05 em Copacabana, listamos os melhores videoclipes que fizeram dela a Rainha do Pop.
10.
Die Another Day
Um dos clipes mais subestimados de Madonna foi lançado para promover um filme de James Bond, mas não incluiu cenas do filme em si. A direção ficou por conta de Traktor, que trouxe elementos futuristas e conseguiu criar uma atmosfera de suspense e energia, fazendo referências a filmes de ação e espionagem. O clipe é empolgante devido às cenas alternadas entre Madonna sendo capturada e interrogada, e também cenas de luta com ótimos efeitos visuais, em que vemos ela lutando contra outra versão dela mesma. A combinação de cenário, música e cenas transmite perfeitamente a essência de um divertido filme de ação, sendo uma promoção ideal para atrair o público para assistir a James Bond. — Vit
9.
Hung Up
Lançado em 2005, Hung Up é o videoclipe que sinaliza a adaptação de Madonna na era da internet como nenhum outro. A peça, urbana e ajustada às coreografias e movimentos definidos por Confessions on a Dance Floor, serviu e serve ainda hoje como ponto central da conceituação nostálgica proposta pela artista naquela época. É um dos musicais mais bem feitos em formato de vídeo curto; sua diversão é composta por um sentimento de pura esperança, e sabe-se lá mais o quê. — Matheus José
8.
Material Girl
Um dos clipes mais populares da carreira de Madonna é uma homenagem à atriz Marilyn Monroe e à cena de “Diamonds Are a Girl's Best Friend”, do filme Os Homens Preferem as Loiras (1953). No clipe, Madonna interpreta uma versão moderna da atriz, sendo uma mulher muito desejada rodeada de admiradores ricos que podem lhe proporcionar tudo o que ela deseja. O clipe captura uma essência luxuosa e também apresenta uma crítica sutil à obsessão da sociedade pelo consumo. — Vit
7.
Open Your Heart
O clipe mostra uma Madonna sensual e provocativa, interpretando uma stripper inspirada em Marlene Dietrich e Liza Minnelli. A performance e o visual da cantora são hipnotizantes, e no final do clipe, Madonna aparece com um visual andrógino, fazendo uma referência ao filme O Garoto (1921), de Charlie Chaplin, em que ela e um garoto dançam e se divertem juntos. Além dos belos visuais, o vídeo aborda o tema da solidão na vida urbana e a busca pela conexão humana. — Vit
6.
Nothing Really Matters
Uma das imagens mais marcantes do videoclipe de Nothing Really Matters, dirigido por Johan Renck, é Madonna vestida de gueixa, com quimono vermelho e cabelos escuros — foi o momento de Ray of Light. Mas, para além dessa memória facilmente impregnada na cabeça dos fãs, o vídeo em questão foi um salto para a estranheza, com resquícios de um conceito não muito definido do que a figura de uma gueixa representava para Madonna, de forma semelhante ao que a gueixa de Björk em Homogenic representava para ela. Hoje dificilmente veremos algo assim, porque os tempos são outros... mas o quão icônico foi, ninguém pode negar. — Matheus José
5.
Ray Of Light
Com direção de Jonas Åkerlund, o clipe traz uma experiência visual hipnotizante que capta a essência da música eletrônica dos anos 90. O vídeo é uma viagem frenética que explora paisagens urbanas, transmitindo uma energia pulsante através de uma edição rápida e efeitos visuais. — Vit
4.
Express Yourself
Inspirado no clássico Metropolis, filme de 1927, o videoclipe de “Express Yourself”, dirigido por David Fincher, é uma das vezes em que Madonna, mesmo sem precisar, provou seu valor ímpar na história da música. Além dos visuais incríveis, a obra continha um texto interessante, não a ponto de ser narrativamente grandioso, mas era quase surreal. Nele, músculos e axilas masculinas se destacam enquanto Madonna erotiza como uma gata — ao fundo, havia a mensagem de empoderamento feminino e LGBTQIA+, por que não? —, que no final, escolhe um novo parceiro, culminando em luxúria e desobediência. — Matheus José
3.
Frozen
Dirigido por Chris Cunningham, o clipe combina elementos de arte, natureza e espiritualidade, apresentando uma Madonna sombria em uma performance introspectiva, melancólica e gélida. O vídeo se passa em um cenário desértico, com cores frias, e inclui a presença de corvos, criando uma atmosfera de isolamento e misticismo. — Vit
2.
Like A Prayer
“Like A Prayer” é a maior música de Madonna. Seu videoclipe, em partes, é o responsável por atribuir esse título. A história é antiga: cruzes em chamas, santo negro representando as injustiças sociais, satisfação sexual no altar e outras coisas (com pitadas de blasfêmia) que faziam sentido na época. Mas hoje, olhando para trás, é impossível não mencionar o quão fora de órbita foi a ideia e o lançamento deste clipe. Foi como um suicídio e, na verdade, quase acabou com a carreira de Madonna. Mas ela escapou e isso se tornou, então, o auge da música pop. Não tenho muito o que dizer. Apenas assista e sinta o baque. — Matheus José
1.
Vogue
Evidentemente, tudo o que for dito sobre Madonna e seu trabalho irá remeter às suas marcas gigantes e epopeicas na música pop. Seus videoclipes mais disruptivos marcaram épocas diferentes; todos impressos no imaginário popular definido com toques pessoais, e provocantes a depender do contexto. Vogue, porém, mesmo seguindo o maximalismo musical e estético de Madonna, ainda é bastante contido.
Na verdade, como peça promocional, Vogue é pura expressão e somente isso. Não há nenhuma Madonna caindo do céu ou caminhando no deserto, tampouco ela surgindo em quadros frontais, atuando e contando histórias ou correndo em alta velocidade num veículo de cores vivas. Pode parecer loucura dizer isso, mas até o modo como as coisas fluem na perspectiva de David Fincher se situa na simplicidade dos elementos por ele dominados. Deve ser também por isso que, quando você entra em contato com a música pela primeira vez, seu refrão não é imediatamente o mais marcante — falo por experiência própria.
Mas o tempo, tanto o que torna Vogue notável como o que o torna um valioso dispositivo audiovisual, é também o que o coloca à frente de todos os videoclipes da Rainha. Os cenários artificiais, os enquadramentos que se movem com foco aprisionador nos movimentos de dança de Madonna e seus dançarinos, as poses e toda a atmosfera de luxo e riqueza (teatralizada ao extremo) jogam contra a grandeza da artista que se posiciona diante das câmeras. É apenas Madonna e sua expressão, e isso é o suficiente. – Matheus José