Crítica | RIIZING


★★★½

RIIZING foi lançado quase aleatoriamente. É um erro considerando o potencial do RIIZE para propagar boas ideias.

Se você viu pelo menos quinze pessoas comentando esse disco em suas redes sociais, já é muito. É fato que os métodos de promoção estão se tornando cada vez mais estranhos no K-Pop depois de algumas tendências recentes. Mas lançar o EP de um grupo novato e nem mesmo chamar a atenção com ele é uma das coisas mais aleatórias que a SM já fez.

Na verdade, RIIZING poderia não ser um EP: aqui estão algumas músicas já conhecidas dos fãs. É como se a empresa simplesmente agrupasse-as e lançasse sem muita discrição e critério no Spotify — a capa supostamente feita por inteligência artificial instigou, para muitos, esse desleixo. Ainda assim, não podemos dizer que o disco falhou completamente. Muito pelo contrário.

Momentos como “Siren”, puro suco da quinta geração com resquícios da quarta, refletem uma condição paradoxal de abordagem, tanto temática quanto musical. “Impossible”, a melhor música já lançada pelo grupo, é obviamente livre de erros. É o típico house que, independente dos artistas, sempre permeou a SM. "9 Days" e "Honestly" são muito parecidas com as intromissões lançadas pelo SHINee e EXO no início da década de 2010, ao contrário de "One Kiss", que utiliza o padrão geral dos grupos masculinos. São boas ideias que exigem maior profundidade, mas aparentemente essa nunca foi a intenção aqui.

Selo: SM
Formato: EP
Gênero: Música do Leste e Sudeste Asiático / K-Pop
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. No Aquele Tuim, faço parte das curadorias de Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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