Crítica | GINGA


★★★★

Depois de roubar a cena com sua participação no último disco de Nathy Peluso, na faixa “MENINA”, Lua de Santana faz uma estreia eletrizante com seu primeiro EP, GINGA.

Radicada na Espanha, Lua de Santana tem família na Bahia e também já viveu em Londres, onde estudou música e negócios antes de iniciar carreira como artista independente. É dessa miscelânea cultural que nasce GINGA, seu EP de estreia, marcado pela intersecção de signos característicos desses três locais: o desenrolar rítmico da música espanhola, a euforia eletrônica da cena noturna europeia e, é claro, o gingado brasileiro. Estes também são os pilares que sustentam a figura artística de Lua, autêntica, carismática, e que possui uma sagacidade inata para transitar por espaços musicais variados ao longo das cinco faixas que compõem o registro, indo da sobriedade tradicional do flamenco às batidas pulsantes do funk mandelão sem se importar muito com regras ou normas. Afinal de contas, sua forma de expressão não pertence a ninguém além dela mesma e, como a própria brinca em “HERDEiRA”, nós, como ouvintes, devemos apenas “escutar o que tem” — felizmente, o que temos aqui é muito bom.

Selo: Independente
Formato: EP
Gênero: Pop / Funk mandelão, Deconstructed Club, R&B Alternativo
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique, 21 anos, estudante e redator no site SoundX e no Aquele Tuim, em que faço parte das curadorias de Pop, R&B e Soul.

Postagem Anterior Próxima Postagem