Crítica | GINGA


★★★★☆
4/5

Radicada na Espanha, Lua de Santana tem família na Bahia e também já viveu em Londres, onde estudou música e negócios antes de iniciar carreira como artista independente. É dessa miscelânea cultural que nasce GINGA, seu EP de estreia, marcado pela intersecção de signos característicos desses três locais: o desenrolar rítmico da música espanhola, a euforia eletrônica da cena noturna europeia e, é claro, o gingado brasileiro. Estes também são os pilares que sustentam a figura artística de Lua, autêntica, carismática, e que possui uma sagacidade inata para transitar por espaços musicais variados ao longo das cinco faixas que compõem o registro, indo da sobriedade tradicional do flamenco às batidas pulsantes do funk mandelão sem se importar muito com regras ou normas. Afinal de contas, sua forma de expressão não pertence a ninguém além dela mesma e, como a própria brinca em “HERDEiRA”, nós, como ouvintes, devemos apenas “escutar o que tem” — felizmente, o que temos aqui é muito bom.

Selo: Independente
Formato: EP
Gênero: Pop / Funk mandelão, Deconstructed Club, R&B Alternativo
Marcelo Henrique

Graduando em Matemática Computacional pela UFMG e editor do Aquele Tuim, em que faz parte das curadorias de Pop e R&B e Soul.

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