Crítica | LOOM


★½

LOOM nos expõe a um material mais diverso do que seus antecessores, mas não deixa de ser um completo vazio artístico.

Imagine Dragons é um dos maiores nomes da música dos últimos 15 anos, isso é um fato. Entretanto, toda essa fama não é justificada e representada positivamente em seus discos, visto que 100% deles não possuem um pingo de evolução (que era necessária) desde que o grupo debutou na indústria com Night Visions (2012). LOOM apresenta-se mais convidativo aos ouvidos já na primeira faixa, "Wake Up", um eletropop bastante decente e uma ótima escolha de abertura. Sua sucessora, "Nice To Meet You", mantém essa pegada surpreendentemente diferente e dançante, porém, sem brilhantismo, ficando apenas o espanto de uma sonoridade nova no inventário da banda.

“Eyes Closed” volta à fórmula original do grupo com batidas fortes acompanhadas de paradas “dramáticas” e gritos detestáveis de Dan Reynolds, sendo uma faixa praticamente inaudível. “Take Me To The Beach” consegue piorar a situação e, com certa facilidade, toma o posto de “Thunder” como a pior música que o Imagine Dragons já fez. Chega a ser cômico o quão sem qualidade e indiferente essa canção consegue ser: péssima lírica, batidas extremamente genéricas – como a maior parte do álbum, só que em dobro – que mais parecem de um DJ amador em início de carreira.

É estranho como um quarteto – no momento, trio, com o afastamento de Daniel Platzman – que possui uma legião de fãs, além de grande sucesso na carreira, não consegue desempenhar qualquer resquício minimamente satisfatório em seus discos. É claro que um artista não é obrigado a mudar seu estilo e tentar exibir um trabalho mais profundo ou diferente, entretanto, é notório o acomodamento da banda em ser rasa e a falta de entusiasmo em produzir algo sólido. O que fica pra nós é simplesmente um vazio, sem inspiração e, mais do que nunca, a confirmação de que Imagine Dragons infelizmente não passa de um coletivo sem alma.

Selo: Interscope
Formato: LP
Gênero: Rock / Pop Rock
Davi Landim

Meu nome é Davi, curso jornalismo e sou viciado em escrever sobre música. No Aquele Tuim, faço parte da curadoria de Rock.

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