Crítica | Statik


★★★

Algumas faixas de Statik, novo álbum de Actress, parecem desprovidas de acuidade.

Darren J. Cunningham, que adota o nome artístico de Actress, é um dos vários produtores a decupar a música eletrônica pelas bordas do ambiente. Suas obras têm a força dos dois mundos — que convergem em um só sem o menor esforço. Seu último disco, Statik, porém, falha justamente nesse cruzamento, nessa mistura, nesse contingente entre um e outro. É importante ressaltar as diferentes texturas que o produtor utiliza para estabelecer suas bases. Mesmo que funcione positivamente, tal construção despreza um local fixo, um ponto culminante comum e que nos atrai pela certeza de que ali, sim, encontraremos a sua posição narrativa de criar mais do que atmosferas sombrias e estáticas. Os fragmentos vocais, analógicos e barulhentos da abertura “Hell” são convincentes, mas “Ray”, “Six” e “Cafe del Mars” são faixas tão típicas, comuns e básicas que parecem desprovidas de acuidade.

Selo: Smalltown Supersound
Formato: LP
Gênero: Ambiente / Eletrônica
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. No Aquele Tuim, faço parte das curadorias de Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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