Crítica | HEATWAVE


★★★☆☆
3/5

O segundo álbum de BRONZE AVERY, HEATWAVE, não busca reinventar a roda — e isso é uma de suas maiores virtudes. No universo da música pop, muitas vezes fazer o básico com maestria é suficiente, e HEATWAVE alcança exatamente isso. Os primeiros quinze segundos da música de abertura resumem tudo o que o disco oferece ao longo de suas quatorze faixas: batidas intensas, melodias contagiantes e pouco mais de meia hora de diversão contínua.

O restante do álbum é um reflexo da habilidade de BRONZE AVERY ao explorar os aspectos essenciais do pop. Como produtor e compositor, ele equilibra suas referências de forma acessível; aqui, o electropop e o UK garage assumem uma forma mais compacta e imediatamente absorvível, otimizada para proporcionar uma energia elevada e constante. A sensação que fica é de que cada faixa parece uma nova dose de dopamina.

HEATWAVE segue uma linha bastante linear, sem grandes altos ou baixos notáveis. No entanto, é justo destacar o trance hipnótico de “CHAOTIC RIDE” e a interpretação sintética de “SCAN AND COPY”, uma reimaginação assumida do clássico “Gimme More”, de Britney Spears, como momentos marcantes do registro. Em um ano com diversos lançamentos no cenário pop, BRONZE AVERY emerge como um nome a ser lembrado ao montar uma playlist com seus favoritos.

Selo: Independente
Formato: LP
Gênero: Pop / Electropop
Marcelo Henrique

Marcelo Henrique, 21 anos, estudante e redator das curadorias de Pop e R&B/Soul do Aquele Tuim.

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