Crítica | Rosa


★★★☆☆
3/5

Skank era um grupo musical que eu pensava que nunca teria fim, mas, para a surpresa de muitos, a banda mineira que fez o Brasil todo decorar suas letras marcantes finalizou suas atividades, dando liberdade para os integrantes seguirem com outros projetos musicais. Em decorrência disso, o ex-vocalista Samuel Rosa apresentou seu primeiro disco da carreira solo, intitulado Rosa. O álbum possui um som leve, com letras fáceis, que remetem a dias ensolarados nas grandes cidades brasileiras, bem típico do pop rock do próprio Skank. Acredito que, por isso, as músicas de Rosa rapidamente cairão nas graças do público.

Apesar de ser um disco agradável e simples, há uma notável falta de ousadia e experimentação por parte de Samuel. Ele poderia ter explorado coisas diferentes, mas o projeto soa apenas como um novo trabalho da banda em que era vocalista. Sim, Skank é uma banda adorada – e é impossível não se animar com pelo menos algum hit deles. Mas por que dar fim ao Skank se o caminho musical e lírico continua o mesmo? Samuel é talentoso e tem potencial para ir além disso. Seria interessante que esse projeto pessoal realmente mostrasse outro lado do cantor que ainda não foi revelado, e não ficasse apenas num lugar seguro, como sempre. De qualquer maneira, não se pode dizer que é um projeto ruim; ele é apenas muito seguro e pouco inovador.

Selo: Altafonte
Formato: LP
Gênero: Rock / Pop Rock, Música Brasileira
Vit

Sou a Vit, apaixonada pelo universo musical desde que me entendo por gente, especialmente por vocais femininos. Editora e repórter no Aquele Tuim, onde faço parte das curadorias de Pop, MPB, Pós-MPB e Música Brasileira.

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