Crítica | Backward Improvement


★★★☆☆
3/5

As variações do techno, muitas vezes moldadas por razões regionais, são partes essenciais da evolução do gênero, à medida que ele se expande constantemente para cenas urbanas não convencionais. Nessa busca por novidades, a autossuficiência é desafiada pelo nível de interesse que cada projeto consegue gerar.

No techno, a procura por novas fontes é cada vez mais diversificada. Em Backward Improvement, o produtor UFO95 explora as marcas deixadas por um espaço importante para a vanguarda do dance no contexto do techno berlinense: o clube tresor, casa do Basic Channel. Essa abordagem joga contra a normalidade dos referenciais tradicionais – UFO95 busca criar algo próprio.

É a partir desse local físico que o produtor parisiense realmente trabalha a estética de Backward Improvement, baseada na mistura da repetição do techno com grooves acessíveis para a pista de dança. Essa diferença temática percorre as 6 faixas do EP, que, embora mantenham elementos semelhantes, apresenta nuances de tons constantemente diferentes, como o dub de “Cigitor” e o minimalismo de “Wallon”.

Selo: Tresor Records
Formato: EP
Gênero: Eletrônica / Experimental, Techno
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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