Crítica | Jool Wave


★★★★☆
4/5

Em Jool Wave, EP de estreia de Jewel Owusu, a pista de dança adquire uma atmosfera leve, mas repleta de nuances. Isso é reflexo da bagagem musical da artista, de descendência filipina e ganense, nascida em Hong Kong e criada na Nova Zelândia. E se esse background por si já impacta diretamente o trabalho da cantora, que atualmente vive na Austrália, o mesmo pode se dizer de suas referências musicais, que vão do dance ao rock.

Ao longo das sete faixas que compõem o projeto, fica evidente o quanto Jewel é versátil, o que não impede Jool Wave de ser extremamente coeso. O EP é muito bem amarrado à medida que convida o ouvinte a trilhar um caminho que transita, sobretudo, pelo UK garage, mas ganha contornos de indie pop e R&B em diversos momentos. Isso pode ser notado em “thin”, cativante drum and bass que fica num meio termo entre Kelela e PinkPantheress, e “outside”, que acena para a indietronica de hemlocke springs.

Jool Wave não somente vale a escuta como também o replay. É um material viciante, que conversa de maneira competente com a música dance que vem sendo criada atualmente. Jewel Owusu faz, portanto, uma estreia empolgante, que passeia entre o íntimo e o irreverente.

Selo: Independente
Formato: EP
Gênero: Eletrônica / Pop, R&B
Lucas Souza

Jornalista, escritor, noveleiro e movido a música desde que se entende por gente. Redator na Aquele Tuim e curador de MPB, Pós-MPB, Música Brasileira e Pop.

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