Crítica | “LIFETIMES”


★★☆☆☆
2/5

Tamanha a falta de interesse do público por sua nova era, é possível que os mais desavisados sobre música pop nem saibam que Katy Perry deu mais um passo na divulgação de seu futuro álbum de estúdio, 143. Após a baixa receptividade tida pelo carro-chefe do disco, “WOMAN’S WORLD”, era de se questionar quais seriam os próximos passos da cantora diante de um fiasco ainda maior do que o esperado.

“LIFETIMES”, segundo single do disco, é um pop noventista que acena diretamente para os entusiastas de “Walking On Air”, uma das melhores músicas de Katy, ou para qualquer um que não precise de nada além de um dance-pop despreocupado para se divertir. O problema é que, mesmo tendo um ponto de partida seguro e sem espaço para grandes surpresas, a música falha ao não conseguir evocar quaisquer estímulos. É morna e vazia – soa quase como se tivesse sido feita por inteligência artificial.

Ligeiramente superior à infame música de trabalho anterior, “LIFETIMES” é, ao menos, inofensiva. Mas, é possível que você sequer se lembre de como é a canção após o término da primeira ouvida. E é mais possível ainda que você não se sinta convidado a uma segunda. Para uma cantora que – gostem ou não – é responsável por boa parte dos maiores hits pop da primeira metade da década passada, é intrigante ver como seu trabalho se tornou, acima de tudo, esquecível até mesmo para uma playlist da Renner.

Selo: Capitol
Formato: Single
Gênero: Pop / Dance-Pop
Lucas Souza

Jornalista, escritor, noveleiro e movido a música desde que se entende por gente. Redator na Aquele Tuim e curador de MPB, Pós-MPB, Música Brasileira e Pop.

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