Crítica | Lover, Other


★★★☆☆
3/5

Há, entre alguns fãs de música pop, a ideia de luxo que um álbum pode transmitir. Sade e mais recentemente Jessie Ware são nomes que correspondem muito bem a essa quase rotulagem entre eles. O caso de Jessie é mais interessante, pois nele notamos os elementos mais precisos de como essa opulência musical é vista.

What's Your Pleasure, de 2020, é a marca literal; com sua sonoridade lustrosa, que combina pista de dança e passarela de moda ao mesmo tempo – uma atmosfera noturna que exala finesse, sexo e autoconfiança. Lover, Other, de Rosie Lowe, toma emprestado alguns desses moldes, mas é mais focado em transmitir estados de ânimo que combinem com as diferentes abordagens sonoras exibidas pela cantora britânica.

Nele, ela vai do trip hop (“In My Head”) ao neo-soul (“There Goes The Light”) muito rapidamente, misturando momentos de sutileza (“Mood To Make Love”) com instantes de descontração eletrônica (“Gratitudes”). É uma obra que faz da expansividade sua chave, tanto por ter sido produzida em diferentes regiões da Europa, quanto por esbanjar requinte em suas letras: “I could stand up to the fireline / I'll come, divine / Like a fine wine, oh”.

Selo: Blue Flowers Music
Formato: LP
Gênero: Pop / R&B, Trip Hop, Neo-Soul
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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