Crítica | Sylphine Soporifera


★★★☆☆
3/5

O novo álbum de Antonina Nowacka, Sylphine Soporifera, contém traços do que teoricamente o tornaria meditativo; talvez pela grande dose de new age que a artista italiana intercala com seus vocais, que criam atmosferas próprias e escapam de qualquer realidade que a pesquisa musical aqui feita tenta incorporar.

Sua voz é seu maior instrumento, e essa categorização fica evidente em “Turning into Dolphins”, em que os quase dez minutos de duração são friamente absorvidos por um canto fantasmagórico, espacial e tremendamente dissonante, que parece guiar as melodias e arranjos para um caminho até então desconhecido.

Sylphine Soporifera, de fato, emerge disso: é descrito como um mundo à parte criado por Antonina, um mundo onde ela prescreve tudo o que sabe de melhor. E não há dúvidas de que ela tem experiência suficiente para equilibrar o new age que centraliza suas ideias com as explorações musicais (eletroacústica) e alguns dos vocais mais difusos e interessantes que você provavelmente verá.

Selo: Mondoj
Formato: LP
Gênero: Música Ambiente / Experimental, New Age
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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