Disco mais bem posicionado através de uma votação interna.
Durante todos os meses, a redação do Aquele Tuim irá realizar uma curadoria interna com a intenção de definir o melhor disco do mês. O processo se dará por uma votação cuja qual cada pessoa irá submeter os seus favoritos e o mais votado pelo júri, então, acaba levando o título. Confira:
Paraiso Sombrio, DJ Anderson do Paraíso
Por apostar em uma sonoridade diferente, mostrar maestria no uso de samples, e, principalmente, fazer tudo isso de uma forma única e especial, DJ Anderson do Paraiso fez de Paraiso Sombrio o álbum do mês e, certamente, um dos melhores do ano até agora.
São discos como esse que demonstram a constante mutação do funk no Brasil, não mais associado apenas aos estados, mas ao estilo próprio de cada artista. Embora DJ Anderson seja facilmente identificado como parte da cena de BH, o que se encontra em Paraiso Sombrio é singular, especialmente no tratamento dos instrumentais. Fala-se muito sobre a “produção”, especialmente na crítica musical, mas é curioso o quão pouco se discute quando se trata de funk — talvez por não ser o tipo de produção limpa e gentrificada que muitos esperam de qualquer disco hoje em dia.
Não há necessidade de se alongar além disso ou do que já foi comentado na crítica anterior do EP. Fica o pedido: escutem, discutam, comentem, façam críticas, absorvam este álbum da maneira que ele merece. Que privilégio é viver em uma época em que álbuns como este chegam até nós com tanta facilidade.