Crítica | CLOSE YOUR EYES


★★★☆☆
3/5

Em CLOSE YOUR EYES, Ionnalee está longe do caráter inventivo forte que seu synthpop sonhador já apresentou no passado. No entanto, o projeto cativa por reforçar as características mais adoráveis de sua obra musical.

O registro é marcado por eletrônicos encantadores acompanhados de seu vocal angelical e de melodias com um tom apaixonante, que constroem um ambiente sonoro aconchegante na maior parte do tempo. Apesar disso, a falta de inovação sonora ao longo do álbum faz com que ele perca sua força aos poucos, principalmente quando o synthpop celestial deixa de surpreender e se torna repetitivo.

A sequência “The End Of Every Song” e “Run Wild” faz o ouvinte pensar que o disco tomará um rumo mais dançante; a primeira com seus eletrônicos energéticos instigantes e a segunda com as baterias reminiscentes do freestyle oitentista. Isso se mostra algo positivo, por trazer um aspecto mais refrescante ao som que, ainda assim, mantém seu aspecto principal com seu tom apaixonante.

Após esse momento, a obra retorna ao andamento mais lento e soa ainda mais fatigante. “Darkness Is A Real Place - With The Choir From My Heart”, por exemplo, nem mesmo soa como Ionnalee — é totalmente carente de personalidade. CLOSE YOUR EYES apresenta faixas apaixonantes, entretanto a sueca evidencia que sua força artística já não é mais tão fascinante como no passado.

Selo: To whom it may concern.
Formato: LP
Gênero: Pop / Alt-Pop, Synthpop
Davi Bittencourt

Davi Bittencourt, nascido na capital do Rio de Janeiro em 2006, estudante de direito, contribuo como redator para os sites Aquele Tuim e SoundX. No Aquele Tuim, faço parte das curadorias de Música do Leste e Sudeste Asiático, Pop e R&B.

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