Crítica | Infinite Icon


★☆☆☆☆
1/5

O retorno de Paris Hilton, quase duas décadas após sua estreia, vem com um título forte: Infinite Icon, sugerindo como se a artista estivesse buscando moldar sua imagem como a de uma diva pop com personalidade imponente. Curiosamente, o disco acaba provando o contrário. Com sua voz sem vida, Paris tem uma presença extremamente mínima em seu próprio álbum. Qualquer uma das convidadas do projeto acabam por carregar as faixas, fazendo a socialite parecer apenas uma mera participação especial. Até mesmo os piores feats, como a de Meghan Trainor, soam revigorantes ao lado de Paris.

“I'm Free” é um ótimo exemplo de como a péssima entrega de Paris Hilton leva ao fracasso de suas propostas musicais. Nela, Paris interpola “Free”, de Ultra Nate, clássico do diva house, apesar disso, a performance da personalidade da mídia faz com que a mensagem da música na releitura pareça o oposto. Enquanto na canção de 1997, os vocais poderosos soam como um grito de liberdade, se alinhando à composição lírica, Hilton, com sua voz totalmente sem emoção, parece tão sem força como se estivesse encarcerada há anos passando fome e sede.

Fora sua entrega vocal ser extremamente fraca, a produção genérica nada contribui para fazê-la parecer mais como uma artista pop interessante. É um disco muito vazio, não há nada aqui além de Paris utilizando de maneira genérica todas as tendências musicais atuais e que já saíram de moda, as quais evidenciam sua grande falta de personalidade. Para um projeto intitulado, em tradução para o português, Ícone Infinito, nada é minimamente memorável para se considerar de alguma forma icônico, é tão desprezível que sequer consegue ser marcante por sua péssima qualidade.

Selo: 11:11
Formato: LP
Gênero: Pop / Dance-Pop

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