Crítica | These Heavens


★★★☆☆
3/5

Em These Heavens, gyrofield oferece quatro variações de sua performance baseada no drum and bass, com fragmentos vocais e uma dosagem pop que vai de um lado ao outro, passa por Aphex Twin, mas nunca deixa de ser uma revelação de como elu vem pavimentando seu próprio caminho.

Lançar um disco sob um dos mais importantes selos de música eletrônica de todos os tempos parece ser um motivo suficientemente gratificante para gyrofield aprofundar suas visões do passado e presente do gênero, trazendo cortes e criações próprias em relação no que se refere à sua assinatura de drum and bass.

These Heavens é bastante formulaico nesse sentido, correspondendo diretamente a um espécime ao qual gyrofield não só tende a mostrar bem sua adaptação, mas também sua disposição em adicionar inúmeras camadas e texturas desenvolvidas por elu em seu processo de estudo e formação.

É a partir desse interesse que o EP ganha força e substância, já que a abordagem de gyrofield parte de um impulso sombrio, gelado e por vezes remetendo a escolas clássicas de D&B, mas sob uma adaptação moderna e com toques de outras referências eletrônicas como o IDM na faixa de abertura “Lagrange”.

Selo: XL
Formato: EP
Gênero: Eletrônica / Drum and Bass
Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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