Crítica | The Border


★★★★☆
4/5

Willie Nelson é, de fato, um verdadeiro patrimônio histórico não só da música, mas também da arte de contar histórias. A narrativa construída ao lado de Allen Shamblin, Will Jennings, Monty Holmes e Buddy Cannon em The Border evoca imagens e desperta a criatividade. A facilidade de Nelson em se comunicar com o ouvinte sempre foi notável, e nesse 75º álbum de estúdio não poderia ser diferente.

Na linha de Bluegrass, The Border apresenta momentos sombrios. No entanto, aos 91 anos, Nelson brilha como um raio de sol — ele simplesmente não envelhece e, na verdade, parece melhorar com o passar dos anos. O mesmo acontece com o álbum, que evolui a cada segundo.

As histórias contadas em The Border parecem maldições que o mantêm eternamente presente, garantindo que ele continue nos maravilhando com as temáticas de suas canções. Nelson já abordou de tudo, desde histórias de cowboys até críticas diretas à política dos tempos em que viveu. É difícil acreditar que este possa ser seu último álbum. E, se há justiça, que não seja, pois sem Willie Nelson, seremos nós os grandes perdedores. Não seria surpreendente se, nessa jornada, ele ainda lançasse mais uns 30 álbuns.

Selo: Legacy
Formato: LP
Gênero: Country
Victor Persico

Nascido em Santos (SP), formado em Jornalismo e estudante de Publicidade e Propaganda, social media e colecionador de discos. Crítico, colunista e redator, já colaborou com outros blogs culturais, fazendo coberturas, resenhas e entrevistas, sendo também administrador do Som na Vitrola no Instagram. É redator do Aquele Tuim, fazendo parte da curadoria de Rock.

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