Crítica | Cutouts


★★★★☆
4/5

Dez meses desde seu segundo álbum lançado, The Smile lança mais um apanhado de canções gravadas durante as sessões do trabalho pregresso. Cutouts, apresentado ao público recentemente, são dez canções que foram criadas durante a turnê de A Light for Attracting Attention, de 2022, e Wall of Eyes, de 2024. Com um curto espaço de tempo entre dois lançamentos de 2024 e essa ideia de, aparentes, “descartes, Cutouts é inevitavelmente posto em paralelo com os últimos dois discos do supergrupo dos membros do Radiohead, Thom Yorke e Jonny Greenwood.

A conexão de ideias, ambientações e paisagens idealizadas pelos músicos é, sim, exata. Seja pelo dance-punk de “Zero Sum” ou o krautrock de “The Slip”, estilos que o trio explorou nos discos anteriores. Porém, Yorke, Greenwood e o baterista Tom Skinner, felizmente, não caem na consequência desastrosa de uma auto-paródia. Toda a execução afiada e rígida, principalmente dos ritmos guiados por Skinner na bateria, dão mais um sabor de que ainda há algo interessante a sair deste supergrupo, mesmo com a saudade do Radiohead.

Porém, comparação por comparação, toda a obra do The Smile é comparável com a discografia de mais de 30 anos de Radiohead. Mesmo com suas diferenças, ainda há o paralelo de ser uma banda do Thom Yorke, que se alinha ao art rock e que preencher a ausência do grupo que não lança nada de inédito há oito anos. Mesmo com a esperança do retorno do Radiohead, com The Smile, ainda há a certeza de que Thom Yorke, líder do Radiohead, ainda tem muito a dizer.

Selo: XL
Formato: LP
Gênero: Rock / Art Rock
Vinicius Corrêa

Estudante de Jornalismo, 22anos. É colunista da Agência UVA e apaixonado por música. Faz parte da curadoria de Experimental, Eletrônica e Funk e Folk e Country do Aquele Tuim.

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