★★★☆☆
3/5
Após um tempo trabalhando como um grupo “incompleto”, o ITZY faz o seu segundo retorno no ano, mas dessa vez, com a integrante Lia para completar as lacunas. GOLD marca o nono ‘mini álbum’ do grupo que, apesar de ter onze faixas, não é considerado como um álbum completo.
A diferença entre o ITZY com e sem a Lia era visível: com quatro integrantes, as canções foram feitas para demonstrar uma alta performance em palcos, mas agora, com cinco integrantes, a abordagem deveria retornar a ser a mesma que o habitual, apenas repaginando os acontecimentos do projeto passado. O que, infelizmente, não acontece. As novas versões das canções do EP passado, BORN TO BE, enfrentam um problema ao não conseguir encaixar a personalidade e voz de Lia, que em alguns momentos soa natural, e em outros soam completamente forçados.
Mas, se tratando das canções inéditas, nos deparamos com “GOLD”. A faixa-título contém a produção do brilhante Dem Jointz, que vem fazendo um trabalho excelente no k-pop com músicas como “Supernova”, do aespa, e “TANK”, do NMIXX. Conseguimos perceber uma aparência descolada que o ITZY parecia ter aposentado, e isso se dá muito pelo fato dos produtores terem essa carga e portfólio. A faixa é divertida, mas não parece ser tão efusiva como os lançamentos anteriores do grupo.
E no decorrer das seis peças principais, encontramos uma colaboração com Changbin, integrante do STRAY KIDS, que poderia ser uma grande canção para explorar uma sonoridade frenética do grupo, mas ainda se perde em um refrão sem preenchimento. Infelizmente todo o EP parece ser vazio demais para um retorno que deveria ser triunfal.
Vejam bem: a vocalista principal passa um tempo em hiato, e quando ela retorna, as canções são simplistas e, em sua maioria, apenas instrumentais ou trechos que não destaca nenhuma das integrantes. O problema aqui não é não ter dado um holofote para a Lia – que seria bastante compreensível –, mas sim que nenhuma das meninas do ITZY brilham nas faixas que são contidas e completamente tímidas.
GOLD peca nos detalhes, deixando de lado aquele estilo extravagante que vimos em “CAKE”, “ICY” ou até mesmo na odiada “SNEAKERS”. As onze canções não são faixas que agregam algo com consistência e firmeza, entrando em um contraste enorme com a sonoridade do grupo. Seria esse mais um lançamento envenenado pelo estilo minimalista que vem rondando o k-pop nos últimos tempos?
Selo: JYP
Formato: LP
Gênero: Música do Leste e Sudeste Asiático / K-Pop