Crítica | I SHOULD CALL THEM



★★★☆☆
3/5

Dua Saleh se inspira na mesma fonte que Amaarae quando o assunto é buscar uma forma alternativa de apresentar gêneros já conhecidos do grande público, como o R&B, por exemplo. Seu novo álbum, I SHOULD CALL THEM, consegue transmitir bons momentos de inventividade para o ritmo do R&B alternativo, mas perde consistência pela organização de suas faixas, que ora entram com força em espaços como trap (“bo peep”); ora são minimamente impostas, pouco desenvolvidas e sem força (“unruly”), o que torna algumas delas esquecíveis.

Há momentos que são definitivamente agradáveis ​​por serem, de certa forma, diferentes do habitual, e por trazerem um forte elemento de produção de R&B alternativo — o que lhe dá uma certa originalidade, como é feito em “chi girl”, música que lembra muito uma demo do FOUNTAIN BABY. É agradável de ouvir assim como “television”, que mira numa calmaria de sentidos, principalmente estilísticos, bastante atrativa. “want”, por sua vez, tem uma produção catártica, com elementos de guitarra e bateria que trazem uma sensação de mistura de condensação de sentimentos distintos.

Das onze canções, não me recordo de muitos destaques em pelo menos na maioria delas; tanto pela falta de uma mudança na produção, aumentando ou modificando aspectos para que essas faixas tivessem assinaturas que causasse uma impressão mais forte em nossos ouvidos, quanto pela quebra desnecessária de algumas faixas para outras, perdendo todo o envolvimento que inicialmente temos com o LP.

Selo: Ghostly International
Formato: LP
Gênero: R&B / R&B alternativo, Pop
Lu Melo

Estudante de Jornalismo, 18 anos. Amante da música e da cultura pop desde a infância. Escreve para o Aquele Tuim, integrando a curadoria de R&B e Soul.

Postagem Anterior Próxima Postagem