Crítica | The Shovel Dance


★★★☆☆
3/5

O álbum parte de um estilo vocal próprio, geralmente atingindo um som grave mais baixo, que conversa com a sonoridade — a parte mais interessante da obra, já que, diferentemente do folk contemporâneo, The Shovel Dance busca referências dos anos 1600, época em que a cultura passou por uma mudança significativa na Europa.

Essas características são percebidas na primeira faixa: “Abbots Bromley Horn Dance/The Worms Crept Out”, em que passamos por uma jornada de 10 minutos com sons de natureza, teclados e violino, destacando bem as questões de estilo que o grupo buscou aqui. Já em uma das faixas finais, “Four Loom Weaver”, a escolha de realizar uma à capela ressalta a importância dos vocais neste projeto, mostrando extrema coesão com o tema e encontrando um caminho mais eficiente para evidenciar tais vocais.

25 instrumentos são apresentados, dividindo-se entre os 9 membros do grupo. Essa diversidade sonora, nos leva a uma escuta atenta e extremamente detalhista, culminando em uma vasta imersão nas ideias do disco. Para amantes do folk, este álbum certamente cairá como uma luva nas graças dos ouvintes. Uma audição diferente e interessante se comparada ao que nos é apresentado no folk contemporâneo.

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Selo: American Dreams Records
Formato: LP
Gênero: Experimental / Folk
Davi Landim

Meu nome é Davi, curso jornalismo e sou viciado em escrever sobre música. No Aquele Tuim, faço parte da curadoria de Rock.

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