Crítica | Songbook


★★★★☆
4/5

Dois anos após o lançamento de Driven, Gilbert O’Sullivan retorna com seu novo trabalho, Songbook, oferecendo uma repaginada em sua carreira. Um dos nomes fundamentais do folk e do pop, e até com um programa de televisão nos anos 1970, O’Sullivan revisita territórios antigos, aparentemente por pura diversão, para mostrar que suas músicas clássicas ainda respiram — e como são belas.

Faixas como “Alone Again (Naturally)”, “Nothing Rhymed” e “Clair” são apresentadas de forma minimalista, acompanhadas apenas por violão ou piano, e, em alguns momentos, pelos dois juntos. O frescor simples dessas três canções, assim como o restante do álbum, funciona perfeitamente, ao ponto de não sentir falta de percussão ou baixo. A capa do álbum, que retrata o artista sentado em um banquinho em um canto da sala, complementa essa atmosfera íntima e despojada.

Irlandês, melodioso, sério quando necessário e sempre agradável, Songbook prova que o brilho das letras, voz e arranjos de O’Sullivan ainda resplandece intensamente, como um raio de sol em um dia chuvoso.

Selo: BMG
Formato: LP
Gênero: Pop / Folk
Victor Persico

Nascido em Santos (SP), formado em Jornalismo e estudante de Publicidade e Propaganda, social media e colecionador de discos. Crítico, colunista e redator, já colaborou com outros blogs culturais, fazendo coberturas, resenhas e entrevistas, sendo também administrador do Som na Vitrola no Instagram. É redator do Aquele Tuim, fazendo parte da curadoria de Rock.

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