Crítica | STUNNING


★☆☆☆☆
1/5

Desde a sua estreia, o grupo masculino da MHN nos agracia com lançamentos abaixo da média e pouco memoráveis. O 8TURN sempre se mostrou sem personalidade nas canções. Primeiro se arriscam no “bate-lata” que qualquer um faz, depois tentam entrar no ramo do “pop rock” – entre aspas enormes – e agora fingem que são artistas urbanos.

O EP começa com "THE GAME", uma canção que tenta soar nostálgica com um hip hop retrô, mas tudo é sem alma, sem emoção e, principalmente, sem personalidade. O refrão em uníssono é a coisa mais clichê possível que um boygroup poderia fazer. A faixa-título, "RU-PUM PUM", é vazia, apesar do seu apelo de tentar surfar nas tendências mais chatas que possam existir no k-pop. A repetição do refrão chega a ser irritante e o instrumental tirado de alguma trilha sonora do GTA San Andreas torna tudo ainda pior.

"NOM" utiliza samples conhecidos, e mesmo com essa busca de soar autêntico, não dá certo. O jeito que é cantado parece que as vozes não foram mixadas de uma forma correta por cima do instrumental, então não há uma normalidade. "WE HERE" traz uma sonoridade mais limpa e divertida, sendo um contraste bom, ouvir ela na sequência é como respirar após nadar por dois minutos sem chegar na superfície.

O EP é simplesmente uma fórmula que chega a irritar, nada parece ter personalidade. São apenas oito garotos cantando letras ruins em instrumentais piores ainda, sem contar que nenhum deles parece realmente se destacar nas canções do jeito que tudo soa feito numa esteira de produção industrial.

Selo: MHN
Formato: EP
Gênero: Música do Leste e Sudeste Asiático / K-Pop
João Vitor

20 anos, nascido no interior da Bahia e graduando em Ciências da Computação. Faz parte das curadorias de Música do Leste e Sudeste Asiático no site Aquele Tuim.

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