Crítica | Supercharged


★★★☆☆
3/5

O 11º álbum de The Offspring chegou com grandes expectativas após muita promoção, mas a experiência de Supercharged é uma verdadeira montanha-russa que sobe, desce, desce mais um pouco e quase desaparece em “Come To Brazil”.

Com Dexter Holland, Noodles, Todd Morse e Brandon Pertzborn assumindo as baquetas, o disco foi cercado por especulações e um amor exagerado pelo Brasil. O disco é iniciado com "Looking For The #1", seguido por "Light It Up", faixas que dão esperança de um retorno daquele ritmo desenfreado que conquistou os fãs logo de cara.

No entanto, essa esperança logo decai com “The Fall Guy” e “Make It All Right”, que chegam a beirar no “ah, é bonitinho”. Mas não queremos bonitinho! Queremos a aceleração alucinada!

O clima mais descontraído continua em "Ok, But This Is The Last Time", que ainda traz uma leve nostalgia do Blink 182, uma levada de uma transa de “All The Small Things” com um ursinho cor de rosa que diz que te ama quando você o abraça.

“Ok, But This Is The Last Time” traz ainda uma leve sensação de Blink 182, uma levada de uma transa de “All The Small Things” com um ursinho cor de rosa que diz que te ama quando você o abraça.

“Truth in Fiction” a banda resolve, finalmente, colocar na terceira marcha e acelerar. Até chegarem nas terras tupiniquins. “Come To Brazil” é tão chata e irritante quanto um pêlo encravado nas partes íntimas. Legal, nós gostamos que teve uma homenagem ao nosso país. Mas se você está satisfeito com isso, já posso saber que você se contenta com pouco. A faixa é tão pentelha que tudo que escrevi de chato sobre o álbum até o momento se anula, pois é ótimo comparado com a faixa.

Por outro lado, “Get Some” é uma bela homenagem. Na faixa, a banda coloca alusões ao AC/DC, Yes, Rolling Stones, Van Halen e outras bandas que não darei a dica, seja na letra ou nos riffs. Deixarei para vocês ouvirem e tentarem adivinhar. A abertura é “Stone Cold Crazy” do Queen, só para dar uma ideia. É uma brincadeira que realmente salvou o álbum, no final das contas.

Eles podem vir para o Brasil, mas na próxima, pensem em nós com mais carinho. Eu pensei ao escrever sobre “Come to Brazil”, acredite se quiser.

Selo: Concord
Formato: LP
Gênero: Rock / Pop Punk
Victor Persico

Nascido em Santos (SP), formado em Jornalismo e estudante de Publicidade e Propaganda, social media e colecionador de discos. Crítico, colunista e redator, já colaborou com outros blogs culturais, fazendo coberturas, resenhas e entrevistas, sendo também administrador do Som na Vitrola no Instagram. É redator do Aquele Tuim, fazendo parte da curadoria de Rock.

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