Crítica | Verana


★★★★☆
4/5

Verana é uma verdadeira explosão de sensações e ritmos, uma celebração do fogo, da sedução e da paixão intensa. Tudo aqui parece capturar um momento de conexão e química entre duas pessoas, levando o ouvinte a um carnaval fora de época, onde o olhar, a dança e a energia compartilhada ganham protagonismo.

Um destaque do álbum é a canção “Melada”, que retrata uma relação intensa, marcada por uma forte atração física e emocional. A música soa como um impulso incontrolável, com beijos e danças que elevam o tesão a novos níveis. No entanto, entre esses momentos de sedução, surgem instantes de fragilidade, mostrando que, por trás da química avassaladora, há também espaço para a vulnerabilidade. É uma canção que explora as nuances de uma paixão carregada de desejo, mas também da profundidade emocional.

Outro ponto alto do álbum é a música “Bailão”, com seu ritmo de funk melody e uma melodia romântica e sensual. A faixa é praticamente cinematográfica, com um visual intenso que nos faz enxergar as paredes que transpiram sob a luz vermelha, simbolizando o calor, contato físico e o desejo. O álbum, no geral, nos coloca diante da intensidade das emoções e pelo constante flerte entre a sedução e a liberdade; a atração e o desejo se manifestam nas letras, nas texturas dos ritmos e nas batidas que trazem à tona a sensação de um corpo suado, entregue ao calor do momento. Verana é uma ode à descoberta de si mesma e ao poder de viver paixões intensas, onde a música, a dança e o corpo são elementos fundamentais dessa narrativa sensorial e emocional.

Selo: Independente
Formato: LP
Gênero: Música Brasileira / Pop
Brinatti

Cientista social com ênfase em Antropologia e Sociologia, 27 anos. É editor e repórter do Aquele Tuim, participando das curadorias de MPB, Pós-MPB, Música Brasileira e Pop.

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