★★★☆☆
3/5
3/5
Por sua longa duração, creio que a melhor forma de consumi-lo seja ouvir os discos separadamente, absorvendo as concepções do artista de forma lenta, gradual e conectiva, assim como ele mesmo o fez enquanto produzia o projeto. Porém, isso não significa que o formato de álbum não cabe ao lançamento, na verdade, diria que esse formato é um dos maiores charmes do projeto.
Cada ato separado é a sua própria experiência, contudo, unidos eles dão uma grandeza de significados muito maior ao que o projeto é tanto para o A. G. Cook quanto para nós. Não à toa, os atos têm nome: Past, Present e Future. Britpop, assim, se torna uma história sobre tempo, sobre percepção de identidade, sobre mudança.
O primeiro ato é só uma sequência do que o produtor sempre fez (portanto, o mais fraco), o segundo faz parte daquela onda pós-hyperpop de rock (muito mais interessante), e o terceiro é uma previsão do que o bubblegum bass pode se tornar no futuro (assim como a SOPHIE fez em seu mais recente, e muito bom, álbum). Ou seja, o projeto, como um todo, é isso: uma junção de momentos, ideias e estados mentais. É uma maneira linda de contar (e criar) a sua história.
Como todos os outros álbuns do produtor, Britpop não será considerado, por ninguém, um grande álbum. Mas isso pouco tem a ver com o nível de carinho, atenção e de qualidade conceitual e de execução das ideias que ele tem, e mais por sua natureza: são 100 minutos estudando, lentamente, a mente de Alex Cook. Ninguém vai dar o mérito de grandiosidade a isso (incluindo eu). Isso é, ninguém além do próprio Cook. Tem uma certa beleza nisso, não tem?
Selo: New Alias
Formato: LP
Gênero: Eletrônica / Bubblegum Bass, Indie Rock