4/5
Para quem ouviu Day and Age e sentiu todo o vapor de emoção na última música, certamente ficou espantado ao ver a conexão com a primeira faixa de Life In The Wires, e quem ainda não ouviu está perdendo a oportunidade de sentir o fervor. “Skywaving” é uma obra de arte em seu um minuto e cinquenta e sete segundos, é muito bom ver a banda Frost* retornando com sua melancolia que estava em falta desde Milliontown. Dividido em duas partes fervorosas, ouvir o álbum é como sentir o rock correndo nas veias.
“Life in the Wires, Pt.1” é um ótimo exemplo do estilo rock neoprogressivo da banda. A transição entre “Skywaving” e essa faixa é perfeita. Começando pelo refrão, ela cativa o ouvinte, principalmente os novatos do neo-prog. Riffs e pianos estão presentes em toda a peça, mas “The Solid State Orchestra” é mais evidente, trazendo essa visão clássica que até lembra um pouco My Chemical Romance, mesmo que as ramificações do gênero entre as bandas sejam significativamente diferentes. Frost* trouxe Life In The Wires para mostrar que músicas longas não são para todos, mas certamente são para eles.
A segunda parte do álbum é iniciada com “School”, uma faixa com apenas riffs e uma sensação obscura. As canções seguintes continuam no mesmo nível das anteriores, muito bem equilibradas e levemente interligadas. Jem Godfrey deu tudo de si em “Life in the Wires, Pt.2”, uma música de 15 minutos simplesmente divina. É uma surpresa uma música tão longa conseguir ser boa do começo ao fim, é de se crer fielmente que Godfrey é um dos maiores e melhores compositores e produtores do cenário do rock em geral.
Life In The Wires é uma experiência excepcional. Para aqueles que ainda não conhecem a banda Frost*, o álbum Milliontown é a introdução ideal; no entanto, logo em seguida, recomendo fortemente que explorem Life In The Wires. Esta é uma das melhores obras já lançadas do neoprogressivo e, provavelmente, é impossível não apreciar sua qualidade e profundidade.
Selo: InsideOut Music
Formato: LP
Gênero: Rock / Neoprogressivo