Crítica | Mahashmashana


★★★☆☆
3/5

O novo álbum do Father John Misty, Mahashmashana, está na linha do que ele havia feito no excelente God's Favorite Customer, mas também passa longe de seguir exatamente o mesmo caminho de Chloë and the Next 20th Century. Aqui, tanto o tema quanto o som seduzem uma ideia de fim dos tempos, mas sem grandes rupturas para isso.

É um álbum seguro, e simples mesmo se notarmos que nada aqui soa tão inovador ou distante do que Josh Tillman sempre trouxe como parte de sua idiossincrasia postada em tons empoeirados de guitarras que não vão muito além do soft rock, sempre buscando se assemelhar ao que o gênero oferece em termos de diversidade e liberdade de estilos. É interessante, porque Mahashmashana consegue soar muito bem ajustado entre esses dois parênteses que demarcam claramente a obra completa do artista.

Vale destacar os momentos em que nos deparamos com expressões de estilo, letras e vocais tão glamourosos e esforçados que realmente dão ao álbum um estilo sofisticado e expansivo, como em “Mental Health”. É nesses momentos que Mahashmashana parece emergir como um destaque na carreira de Father John Misty, e isso é o suficiente para torná-lo uma chama viva que não se esforça muito para parecer épica.

Selo: Sub Pop
Formato: LP
Gênero: Rock / Pop, Soft Rock

Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

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