Crítica | Manifolds / Octavia


★★★★☆
4/5

Apesar do formato de Manifolds/Octavia ser um LP, as duas peças têm diferenças claras entre si. Enquanto a primeira, “Manifolds”, de Jessica Ekomane, parece emergir de cortes, rupturas e melodias dispersas, imersa em um estado borbulhante que, quando menos se espera, é interrompido e abre espaços para um drone que percorre todos os seus 17 minutos de duração; “Octavia”, de Laurel Halo, é cercada de delicadeza. Nesta obra, gravada em uma residência nos estúdios subterrâneos de Ina GRM, a compositora transita entre suas assinaturas eletroacústicas que absorvem o minimalismo doce da música ambiente enquanto exibem um fluxo denso de instrumentais comandados por acordes de violão e violoncelo. É uma das coisas mais bonitas do ano.

Selo: Portraits GRM
Formato: LP
Gênero: Música Ambiente

Matheus José

Graduando em Letras, 23 anos. É editor sênior do Aquele Tuim, em que integra as curadorias de Funk, Jazz, Música Independente, Eletrônica e Experimental.

Postagem Anterior Próxima Postagem