Crítica | Dua Lipa Live from the Royal Albert Hall


★★★☆☆
3/5

Não há de se negar que ao longo dos anos Dua Lipa conseguiu conquistar uma base sólida na indústria. Porém, seus últimos lançamentos a deixam em uma zona de conforto desagradavel, a partir da repetição de fórmulas do pop retrô fincado nos anos 80 e 90, já utilizadas por ela. Dua Lipa at Live from The Royal Albert Hall é um grande espetáculo que faz uma singela redenção na catarse que seu último disco, Radical Optimism, causou em sua discografia, mas que não reconquista a curiosidade da massa em acompanhar seus projetos futuros.

A obra vai nos mostrar versões de suas músicas mais famosas sob uma roupagem de música de concerto, que o uso de violinos, violoncelos e qualquer instrumento usado em apresentações orquestradas dão a falsa sensação épica – até mágica – que aquelas faixas são, de fato, complexas e incríveis (“Houdini”). Entretanto, a verdadeira magia fica para a grande banda, na qual magistralmente brilha – algumas vezes mais que Dua – durante toda a apresentação. Fazendo surgir um interesse em faixas que não eram boas na versão original que aqui dão o ar da graça (“These Walls”).

Dua Lipa at Live from The Royal Albert Hall é, possivelmente, um freio para que a artista recalcule a rota em seus próximos projetos. Embora haja momentos na carreira de toda diva pop em que precisam lançar álbuns ao vivo para ter um certo reaproveitamento de materiais que tiveram ou não boa repercussão, Dua Lipa precisa se reapresentar ao público como uma artista multifacetada e que, apesar de comum, se transforma dentro do pop. Mesmo gostando do resultado do álbum, ele, infelizmente, ainda não me faz querer voltar a escutá-la assiduamente novamente.

Selo: Warner
Formato: Ao Vivo
Gênero: Pop
Lu Melo

Estudante de Jornalismo, 18 anos. Amante da música e da cultura pop desde a infância. Escreve para o Aquele Tuim, integrando a curadoria de R&B e Soul.

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