Uma lista com Jessica Pratt, Laura Marling, Luiza Brina, Adrianne Lenker e mais!
Apresentando a lista de melhores discos de folk de 2024, com artistas como Luiza Brina, Jessica Pratt e Adrianne Lenker, cada uma trazendo sua marca única para o gênero ao longo do ano. Brina encantou com letras poéticas e melodias suaves de Prece, Pratt impressionou com sua voz etérea e arranjos minimalistas dispersos em Here in the Pitch, enquanto Lenker entregou um trabalho introspectivo e emocional com Bright Future. Este ano, o folk se renova com álbuns que oferecem uma experiência auditiva rica e envolvente. Confira nossas escolhas!
10.
Ao longo de 8 faixas, Harry Gorski-Brown, a gaita de foles e os scratches eletrônicos que parecem energizar uma música tradicional, com aspirações folclóricas da região que foi concebida, enfatizam o trabalho pessoal, confessional e amoroso cujas melodias se entrelaçam pela afinidade. São peças longas, que se repetem de forma a concretizar a paixão do autor pela sua própria proposta artística, que cria cenários incríveis e, por vezes, interessantes numa visão de música não muito identificável. — Matheus José
9.
Apesar de três álbuns com Portishead e um belo disco com Rustin Man, do Talk Talk, Lives Outgrown é seu primeiro álbum solo e que atinge a perfeição desde seus primeiros minutos. Essencialmente um álbum folk, mas que não se atém às limitações de voz e violão, com arranjos de orquestras. Além disso, Gibbons, com a produção conjunta de James Ford, amplia o espectro da sonoridade de Lives Outgrown com canções que atravessam o Krautrock, como “Reaching Out”. —Vinicius Corrêa
8.
Após dois EPs bem recebidos pela crítica, o primeiro álbum da artista anglo-brasileira Liana Flores é uma condensação primorosa de seus trabalhos anteriores. Suas influências estão solidamente explícitas ao longo de todo o álbum: a bossa nova, paixão herdada de sua mãe, e o folk, apresentado a ela mais tarde, ambos mesclados com cuidado e ecoados por meio da voz delicada e poderosa da cantora, criando um folk de câmara abrasileirado, elegante, que remete a um lugar de refúgio. — Raquel Nascimento
7.
Após 6 anos desde o lançamento de seu álbum de estreia, Haley Heynderickx retorna com um disco que retoma a sinceridade demarcada pela artista. Ao longo de 10 faixas, ela nos convida a pensar sobre como temos vivido nossos dias. Para além da percepção de que é preciso construir um jardim, ela se volta para o que antecede as sementes que trarão este jardim à vida. Em meio a toques de melancolia, de conciliação e uma sonoridade suave e por vezes confessional, é possível imaginar um novo horizonte. — Mateus Carneiro
6.
Entorpecida pela noite, que afirma ser a sua maior fonte de inspiração, Arooj Aftab continua o seu estudo humano da vida cotidiana, da sua trajetória, da sua identidade e, acima de tudo, da sua paixão. É uma obra que pela consternação de seus ambientes instiga o florescimento, o desabrochar. A maturidade não é uma ode à evolução pessoal, não há especificidade narrativa ou descritiva. Aqui as músicas fluem de acordo com o que não se espera delas. — Matheus José
5.
Em Prece, Luiza Brina impressiona pela delicadeza de suas composições líricas e instrumentais, sempre pautadas por arranjos orquestrais e uma leveza que casa perfeitamente com a temática aqui explorada. É como se ela adentrasse, com sua sonoridade, o profundo regional e interior – espaço físico ou não – em que nos acomodamos. É um dos álbuns mais belos dos últimos anos, e embora se enquadre claramente na classificação folk, é mais do que isso, mais do que tudo o que aparenta ser. — Matheus José
4.
Keeper Of The Shepherd é denso, visceral e profundo ou, como bem descrevem o álbum, “uma oração e um escudo”. Apenas 7 faixas são suficientes para aprofundar com maturidade temas que a própria artista vivenciou — morte do pai, relações vazias, manipulação religiosa e outras feridas do passado. Por meio de um instrumental ora complexo, ora simples, permeado pelo clássico violão dedilhado que caracteriza o folk, a mensagem que fica é a de renascimento e libertação da própria artista. — Raquel Nascimento
3.
Tempo não é dinheiro, tempo é o tecido da nossa vida, declarou Antonio Candido, o que viria a se tornar uma de suas frases mais emblemáticas. É o tempo justamente o que move Adrianne Lenker ao longo das 12 faixas de Bright Future, onde ela tenta capturar momentos de êxtase, tendo plena consciência de que o passado um dia já foi um futuro esperado. Um disco que nos convoca à vida, a perceber a passagem do tempo como algo reluzente. — Mateus Carneiro
2.
Em mais de quinze anos de carreira, a inglesa Laura Marling nunca soou tão polida com seu folk pastoral como em seus últimos álbuns de estúdio. Songs for Our Daughter, de 2020, e agora Patterns in Repeat, ela mantém uma crescente de qualidade e prosperidade em uma discografia rica de histórias e confissões. Ao contrário do álbum de 2020, que retrata uma filha fantasiosa, Patterns in Repeat é sobre a sua primeira maternidade de verdade e a adição de uma criança à sua família. O resultado da virada em sua vida reflete no som e temática de Patterns in Repeat, um álbum lúdico, calmo e especial. — Vinicius Corrêa
1.
Em seu quarto álbum de estúdio, a cantora e compositora americana Jessica Pratt foge de fórmulas nesse que é o melhor de sua discografia e o melhor do estilo folk de 2024. Here in the Pitch começa com “Life Is”, Pratt atravessa caminhos pop sessentista, com batidas remetentes a Phil Spector, mas sem fugir de sua sonoridade hipnagógica e empoeirada. A sonoridade folk pop prossegue em belíssimas canções, como “Better Hate”, “World on a String” e “The Last Year”, que exemplificam o som atemporal de Jessica Pratt. —Vinicius Corrêa
10.
Durt Dronemaker After Dreamboats
Harry Gorski-Brown
Ao longo de 8 faixas, Harry Gorski-Brown, a gaita de foles e os scratches eletrônicos que parecem energizar uma música tradicional, com aspirações folclóricas da região que foi concebida, enfatizam o trabalho pessoal, confessional e amoroso cujas melodias se entrelaçam pela afinidade. São peças longas, que se repetem de forma a concretizar a paixão do autor pela sua própria proposta artística, que cria cenários incríveis e, por vezes, interessantes numa visão de música não muito identificável. — Matheus José
9.
Lives Outgrown
Beth Gibbons
Apesar de três álbuns com Portishead e um belo disco com Rustin Man, do Talk Talk, Lives Outgrown é seu primeiro álbum solo e que atinge a perfeição desde seus primeiros minutos. Essencialmente um álbum folk, mas que não se atém às limitações de voz e violão, com arranjos de orquestras. Além disso, Gibbons, com a produção conjunta de James Ford, amplia o espectro da sonoridade de Lives Outgrown com canções que atravessam o Krautrock, como “Reaching Out”. —Vinicius Corrêa
8.
Flower of the soul
Liana Flores
Após dois EPs bem recebidos pela crítica, o primeiro álbum da artista anglo-brasileira Liana Flores é uma condensação primorosa de seus trabalhos anteriores. Suas influências estão solidamente explícitas ao longo de todo o álbum: a bossa nova, paixão herdada de sua mãe, e o folk, apresentado a ela mais tarde, ambos mesclados com cuidado e ecoados por meio da voz delicada e poderosa da cantora, criando um folk de câmara abrasileirado, elegante, que remete a um lugar de refúgio. — Raquel Nascimento
7.
Seed of a Seed
Haley Heynderickx
Após 6 anos desde o lançamento de seu álbum de estreia, Haley Heynderickx retorna com um disco que retoma a sinceridade demarcada pela artista. Ao longo de 10 faixas, ela nos convida a pensar sobre como temos vivido nossos dias. Para além da percepção de que é preciso construir um jardim, ela se volta para o que antecede as sementes que trarão este jardim à vida. Em meio a toques de melancolia, de conciliação e uma sonoridade suave e por vezes confessional, é possível imaginar um novo horizonte. — Mateus Carneiro
6.
Night Reign
Arooj Aftab
Entorpecida pela noite, que afirma ser a sua maior fonte de inspiração, Arooj Aftab continua o seu estudo humano da vida cotidiana, da sua trajetória, da sua identidade e, acima de tudo, da sua paixão. É uma obra que pela consternação de seus ambientes instiga o florescimento, o desabrochar. A maturidade não é uma ode à evolução pessoal, não há especificidade narrativa ou descritiva. Aqui as músicas fluem de acordo com o que não se espera delas. — Matheus José
5.
Prece
Luiza Brina
4.
Keeper Of The Shepherd
Hannah Frances
3.
Bright Future
Adrianne Lenker
Tempo não é dinheiro, tempo é o tecido da nossa vida, declarou Antonio Candido, o que viria a se tornar uma de suas frases mais emblemáticas. É o tempo justamente o que move Adrianne Lenker ao longo das 12 faixas de Bright Future, onde ela tenta capturar momentos de êxtase, tendo plena consciência de que o passado um dia já foi um futuro esperado. Um disco que nos convoca à vida, a perceber a passagem do tempo como algo reluzente. — Mateus Carneiro
2.
Patterns in Repeat
Laura Marling
Em mais de quinze anos de carreira, a inglesa Laura Marling nunca soou tão polida com seu folk pastoral como em seus últimos álbuns de estúdio. Songs for Our Daughter, de 2020, e agora Patterns in Repeat, ela mantém uma crescente de qualidade e prosperidade em uma discografia rica de histórias e confissões. Ao contrário do álbum de 2020, que retrata uma filha fantasiosa, Patterns in Repeat é sobre a sua primeira maternidade de verdade e a adição de uma criança à sua família. O resultado da virada em sua vida reflete no som e temática de Patterns in Repeat, um álbum lúdico, calmo e especial. — Vinicius Corrêa
1.
Here in the Pitch
Jessica Pratt
Em seu quarto álbum de estúdio, a cantora e compositora americana Jessica Pratt foge de fórmulas nesse que é o melhor de sua discografia e o melhor do estilo folk de 2024. Here in the Pitch começa com “Life Is”, Pratt atravessa caminhos pop sessentista, com batidas remetentes a Phil Spector, mas sem fugir de sua sonoridade hipnagógica e empoeirada. A sonoridade folk pop prossegue em belíssimas canções, como “Better Hate”, “World on a String” e “The Last Year”, que exemplificam o som atemporal de Jessica Pratt. —Vinicius Corrêa