Os melhores EPs de 2024


Uma lista com Paulete Lindacelva, NCCO, Dawuna, City Mall, Verraco, bieL onLine e mais!

Entre os destaques de 2024 estão NCCO, Paulete Lindacelva, Dawuna e outros, que criaram experiências únicas. NCCO nos presenteou com um EP que combina elementos psicodélicos desenvolvidos sinteticamente com funk; Paulete Lindacelva redefiniu o house com batidas pulsantes; Dawuna, por sua vez, explorou o R&B com uma sensibilidade moderna, envoltas em texturas ricas e arranjos complexos. Esses EPs não apenas expandiram os horizontes musicais, mas também definiram o som de 2024, mostrando a diversidade e a criatividade que continuam a impulsionar a música para novos patamares, ainda que em um formato compacto.



10.
Sabor Overdose no Yakisoba
Matuê


Trata-se de um EP de boa qualidade, que apresenta uma lírica e sonoridade excepcionais, além de estar repleto de enigmas para o deleite dos fãs, que tentam desvendar a todo custo. Matuê, mais uma vez, traz sua mente brilhante para seus projetos. Seguindo os passos de Frank Ocean na virada de chave em sua carreira, o artista demonstra um grande potencial e espera-se que este EP abra portas para seus futuros projetos independentes. — Alícia Cavalcante




9.
Lobby Songs
City Mall


Para concretizar suas ideias que remetem ao conceito de “música de sala de espera”, City Mall traz muito do aspecto lo-fi do bedroom pop, o som funky suave e nostálgico do city pop e do synthpop em uma abordagem sonhadora. O resultado é um disco que consegue construir uma atmosfera pacífica e envolvente. — Davi Bittencourt




8.
PROBLEMA EM DOBRO
IGUR e DnL


Se em IGOOOR (A mixtape) IGUR procurou expor substância e unicidade, em PROBLEMA EM DOBRO, EP em parceria com DnL, o produtor parece ativar o seu modo de combate para ir além de qualquer posição meramente metamórfica do funk com batidas e samples substancialmente hardcore. O disco acentua sua força em um desenho de som limpo, tão liso como sabão e inquietantemente líquido como as águas que correm num riacho em uma paisagem bucólica. — Matheus José




7.
'24 diskarga live
corpos sem orgãos


Este EP é uma experiência muito interessante — e essencial — para quem gosta de hardcore metal, pois explora diferentes subgêneros em apenas 5 faixas, num completo domínio de cada fragmento aqui representado. Isso nos leva, facilmente, a acreditar que corpos sem orgãos tem pleno potencial para criar novas produções com certo ar de refrescância. O show criou uma atmosfera surreal que até mesmo os ouvintes que não estiveram presentes na gravação podem sentir o fervor. Que a banda continue trilhando esse caminho fenomenal, mirando e acertando ainda mais o experimental. — Alícia Cavalcante




6.
Paraiso Sombrio
DJ Anderson do Paraíso


Assustador. Pra quem acompanha funk, já era óbvio que o funk de BH tem sua distinção — tradicionalmente, pela atmosfera macabra, ou pela melancolia que suas músicas possuem. Paraiso Sombrio existe através dos silêncios que tem nas músicas, sempre nos espaços entre os instrumentos e as melodias. É um desconforto contínuo, entre o funk e influências do rap, samples de música sacra gregoriana e letras profanamente explícitas. Tudo isso unido faz esse ser um dos melhores álbuns do ano. — Tiago Araujo




5.
Ritmo das Sombras
bieL onLine


O trabalho de produção e a estética de Ritmo das Sombras são primorosos. Como o título do EP sugere, somos guiados por sons sombrios e quase vivos que evocam uma atmosfera intrigante. A preocupação na concepção deste projeto, principalmente em relação à produção e mixagem sonora, nos faz sentir que os sons se comportam como seres físicos, que nunca descansam e estão sempre presentes, nos envolvendo em uma viagem sensorial que evita a sensação de estagnação – ou seja, livre do tédio. — Antonio Rivers




4.
Breathe… Godspeed
Verraco


Por mais curto que seja (apenas 21 minutos), Breathe… Godspeed está muito bem alicerçado no que de melhor Verraco conseguiu condensar das suas raízes latinas (que vai do dembow ao raptor house), ao mesmo tempo que se inspira no que seus progenitores eletrônicos estabeleceram no passado como pioneiros — dentro ou fora de seus espaços, ocupado por uma intencionalidade distinta de ressignificar. — Matheus José




3.
Southside Bottoms
Dawuna


Utilizando o R&B como centro de sua exploração, Dawuna criou uma pequena máquina pulsante chamada Southside Bottoms, que lentamente cicla suas ideias na esperança de que a repetição — e a eventual quebra desta — atinja as profundezas do coração do ouvinte. É o conjunto de tentativas que torna o EP tão charmoso e reconfortante, ou melhor, é a falta de certeza que o torna tão humano. Se situar, sofrer, mudar e amar; repete: é um dos ciclos da vida humana, e Dawuna o transcreveu perfeitamente nesse EP. — Sophi




2.
Guabiraba, Chicago
Paulete Lindacelva


Após 10 anos de carreira nas pistas, bailes, raves e tudo que a música eletrônica tem direito, Paulete Lindacelva finalmente lança seu projeto de estreia, o EP Guabiraba, Chicago; a última coisa que a dj pernambucana fez foi nos decepcionar. A monumentalidade do manifesto musical da artista pode ser resumida na perspicaz influência da cultura ballroom e dos tempos de ouro da música house, mas, mais importante ainda, no significado que isso tem para o Brasil. — Sophi




1.
Ultra Psicodelia Reversa
NCCO


Ultra Psicodelia Reversa, como o título sugere, funde elementos psicodélicos desenvolvidos sinteticamente com funk. O resultado é facilmente identificável: seu formato curto, com apenas três faixas, é sucinto na intenção de impor uma nova perspectiva repleta de equimoses percussivas que rompem com o diagrama estético, por vezes, monotemático do gênero. É um dos fragmentos musicais mais interessantes do ano, bem como um destaque inquietante no trabalho recente de NCCO, que chama a atenção na mesma medida em que propõe suas próprias visões de uma forma tão clara quanto bem feita em um terreno que ele parece desbravar com ninguém. —Matheus José
Aquele Tuim

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