Crítica | Controller


★☆☆☆☆
1/5

Crucial Velocity lançou seu segundo álbum mais rapidamente do que o esperado – seu trabalho anterior foi lançado em 2023. A banda de metal, ainda pouco conhecida, apresentou Controller, uma obra que, infelizmente, se mostra cansativa. Liricamente, o álbum não consegue causar impacto, falhando em explorar de maneira convincente temas como a manipulação de massas. As palavras carecem de profundidade e, lamentavelmente, a música também não se destaca. Apesar do esforço em criar faixas com guitarras marcantes e linhas melódicas que são, em partes, cativantes, o resultado soa disperso e incapaz de prender a atenção do ouvinte, com explosões musicais que parecem mais desordenadas do que poderosas.

No entanto, o que já começa a decepcionar é “Hollow”, que tenta deixar sua marca, mas evidencia a falta de impacto que permeia as músicas, as quais, à primeira vista, aparentam ser compostas por riffs simples e previsíveis. Essa impressão se confirma ao ouvir com mais atenção. Embora “Welcome Death” demonstre a tentativa de transmitir alguma intenção, seu arranjo excessivamente elaborado e as melodias vocais pouco marcantes acabam desacelerando qualquer efeito significativo, resultando em um sistema de desenvolvimento lento que falha em causar impacto.

Desde o início, o álbum se mostra insatisfatório em seus próprios termos, sem apresentar nuances que o tornam interessante ao longo do tempo. Os solos de guitarra, embora bem executados, são previsíveis, e a seção rítmica, embora enérgica, não apresenta verdadeira harmonia. Os vocais, apesar de adicionar algo à música, não conseguem destacar os temas líricos, que acabam sendo superficiais e mal explorados. O álbum não consegue justificar o tempo investido, deixando a sensação de que muitos momentos poderiam ter sido mais aproveitados.

Selo: Golden Robot Records
Formato: LP
Gênero: Rock / Metal
Alícia Cavalcante

Graduanda em Química. Crítica no Aquele Tuim para as curadorias de Rock e Rap/Hip-Hop.

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