★★★☆☆
3/5
3/5
Amadurecimento, temas cotidianos e paisagens de Fernandina Beach, na Florida, são os principais ingredientes de Burnout Days, segundo álbum de estúdio do quinteto flipturn. O lançamento ainda é tímido comparado ao de outras obras de bandas parecidas, que também se debruçam sobre o indie rock, em tempos mais remotos; mas, em meio às transformações naturais do gênero, o grupo parece cravar sua consolidação aos poucos, dessa vez com um passo certeiro e mais bem estruturado.
O álbum demonstra um refinamento de tudo aquilo que flipturn se propõe a transmitir: um som de garagem, meio "DIY", unido a composições sobre histórias e temas do cotidiano, que resultam em um forte sentimento nostálgico, sobretudo para aqueles que gostam do gênero e se identificam com ele. Faixas mais agitadas, como "Juno", "Inner Wave" e "Burnout Days", misturam-se às mais introspectivas, como "Sunlight", formando uma espécie de "onda" que se movimenta e se torna ora mais intensa, ora mais fraca, talvez referenciando justamente a paisagem do local. Meu destaque fica para "Moon Rocks", cuja essência parece definir a banda no seu ápice, remetendo aos elementos já mencionados, porém de modo tão bonito quanto crescente, tanto na voz de Dillon Basse quanto na bateria de Devon VonBalson.
É animador, por fim, que, após Shadowglow, álbum em que a banda deu seus primeiros passos, ainda sem tanto rumo mas com algumas boas intenções, e Citrona, um ótimo EP introdutório e que sintetiza bem a essência do quinteto, Burnout Days tenha surgido para expandir as ideias de flipturn e colocá-lo, ainda que sutilmente, aos olhos (e ouvidos) dos apreciadores do indie, que há tempos têm precisado de novos e bons nomes.
Selo: Dualtone
Formato: LP
Gênero: Rock / Indie Rock, Pop Rock