Crítica | ZATTO


★★★★★
5/5

Não sou um grande ouvinte de música japonesa, mas quando ZATTO me foi recomendado, eu queria renovar meus votos com artistas do Japão. Nariaki apresenta um trabalho que beira a perfeição, é sutil na prática, mas tem influências tênues e inteligentes das quais o músico demonstra um vasto conhecimento.

A obra é essencialmente soul, no qual não se expande para novos horizontes, o que funciona para mim perfeitamente para mim em momentos com “Shiguri”. Porém, o toque especial são as claras referências de dub pelas veias – ou cordas – da produção do disco e, em certos momentos, uma forte ligação ao reggae (“Hanazakari”) que já é tradicionalmente conhecido pelo público, além de alusões a gêneros sul-americanos, como em “Kagero”. É lindo.

ZATTO poderia ser um disco qualquer de soul. Entretanto, por ele ser tão redondo, tão bem colocado e pensado, nos deliciamos até o fim em um dos, na minha opinião, melhores projetos deste ano. Em suma, é quase unânime dizer que Nariaki nos trouxe uma grata surpresa para o soul em 2025.

Selo: Independente
Formato: LP
Gênero: R&B / Neo-soul, Reggae
Lu Melo

Estudante de Jornalismo, 18 anos. Amante da música e da cultura pop desde a infância. Escreve para o Aquele Tuim, integrando a curadoria de R&B e Soul.

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