★★☆☆☆
2/5
Nos últimos lançamentos de Elton John, o veterano buscou tentar se adaptar ao pop da atualidade fazendo colaborações com artistas da nova geração, como o duo comercialmente bem-sucedido com Dua Lipa, na faixa “Cold Heart”. Brandi Carlile parece ser mais um desses encontros geracionais, e que de fato consegue se diferenciar de outras parcerias devido a cantora ter um estilo que poderia se adaptar bem ao pop-rock de Elton John, diferente de participações como Nicki Minaj, Charlie Puth e Surfaces, em que o cantor tentava as sonoridades desses artistas, mas soava muito deslocado – de um jeito ruim.
Apesar da colaboração que poderia render bons frutos, o produto de Who Believes In Angels? é estritamente superficial e sem criatividade, soa como uma paródia das características mais centralizadoras, e por um lado genéricas, da obra de Elton John. O disco é composto em sua grande maioria por power ballads de pop rock que tentam trazer o aspecto grandioso em sua construção musical, emulando o estilo que fez sucesso nos anos 80. O problema acontece justamente nesse ponto, pois a execução é a mais caricata possível: é insuportavelmente dramática e teatral, tentando se impor demais na instrumentação e vocais que soam bregas ao pecar no excesso de algo que, infelizmente, soa demasiadamente parado no tempo, preso ao passado.
A primeira metade é quase totalmente nauseante. Na segunda, porém, as coisas melhoram um pouco; Elton John e Brandi Carlile, neste momento, têm êxito em alcançar um equilíbrio nessa ideia de compor músicas que apelam por um tom épico desse estilo, alcançando as propostas das canções de forma mais aliciante sem o exagero no uso dessa questão que é de longe muito sensível de ser trabalhada. Nos seus melhores momentos, Who Believes In Angels? executa de forma satisfatória o conceito de encontro geracional grandioso em baladas poderosas, apesar disso, o álbum se divide entre canções desastrosas e essas que são minimamente boas. Em sua completude, não apresenta nada de muito memorável – é mais uma tentativa falha de Elton John de tentar agradar as novas gerações.
Selo: Mercury, EMI
Formato: LP
Gênero: Pop / Rock
2/5
Nos últimos lançamentos de Elton John, o veterano buscou tentar se adaptar ao pop da atualidade fazendo colaborações com artistas da nova geração, como o duo comercialmente bem-sucedido com Dua Lipa, na faixa “Cold Heart”. Brandi Carlile parece ser mais um desses encontros geracionais, e que de fato consegue se diferenciar de outras parcerias devido a cantora ter um estilo que poderia se adaptar bem ao pop-rock de Elton John, diferente de participações como Nicki Minaj, Charlie Puth e Surfaces, em que o cantor tentava as sonoridades desses artistas, mas soava muito deslocado – de um jeito ruim.
Apesar da colaboração que poderia render bons frutos, o produto de Who Believes In Angels? é estritamente superficial e sem criatividade, soa como uma paródia das características mais centralizadoras, e por um lado genéricas, da obra de Elton John. O disco é composto em sua grande maioria por power ballads de pop rock que tentam trazer o aspecto grandioso em sua construção musical, emulando o estilo que fez sucesso nos anos 80. O problema acontece justamente nesse ponto, pois a execução é a mais caricata possível: é insuportavelmente dramática e teatral, tentando se impor demais na instrumentação e vocais que soam bregas ao pecar no excesso de algo que, infelizmente, soa demasiadamente parado no tempo, preso ao passado.
A primeira metade é quase totalmente nauseante. Na segunda, porém, as coisas melhoram um pouco; Elton John e Brandi Carlile, neste momento, têm êxito em alcançar um equilíbrio nessa ideia de compor músicas que apelam por um tom épico desse estilo, alcançando as propostas das canções de forma mais aliciante sem o exagero no uso dessa questão que é de longe muito sensível de ser trabalhada. Nos seus melhores momentos, Who Believes In Angels? executa de forma satisfatória o conceito de encontro geracional grandioso em baladas poderosas, apesar disso, o álbum se divide entre canções desastrosas e essas que são minimamente boas. Em sua completude, não apresenta nada de muito memorável – é mais uma tentativa falha de Elton John de tentar agradar as novas gerações.
Selo: Mercury, EMI
Formato: LP
Gênero: Pop / Rock